A Matrix Energia, por meio da sua subsidiária Get Comercializadora, realizou nesta semana sua segunda emissão de debêntures verdes no valor de R$ 100 milhões. A emissão, que teve como coordenador líder a Caixa Econômica Federal e tem papéis com prazo de seis anos, é focada no objetivo da empresa de instalar cerca de 224 MWh em sistemas de armazenamento de energia em baterias até 2025.
“Essa operação é um marco significativo para a Matrix, sendo a primeira emissão verde no Brasil destinada especificamente ao armazenamento de energia em baterias e a segunda emissão de debêntures verdes da companhia em menos de 12 meses. O mercado de capitais tem sido fundamental para apoiar nosso ambicioso plano de investimentos, tanto em BESS quanto em ativos de geração solar,” afirmou Federico Marsano, CFO da Matrix Energia, se referindo à sigla em inglês para Battery Energy Storage System (BESS), os sistemas de armazenamento de energia em baterias.
A escolha se deve, segundo a empresa, pelos benefícios do equipamento, que tem o time shifting, responsável por armazenar energia fora dos horários de pico para liberação durante períodos de alta demanda ou preços elevados.
Além disso, a Matrix acredita que o BESS pode aliviar a rede e equilibrar o sistema, especialmente em regiões como o Brasil, onde a matriz energética depende fortemente de fontes renováveis intermitentes.
Matrix e os sistemas de armazenamento
A empresa lançou a unidade de negócios Energy as a Service (EaaS) no final de 2023, expandindo seu portfólio com soluções integradas de eficiência energética e sistemas de armazenamento.
No final de agosto deste ano, a Matrix assinou um Memorando de Entendimento (MoU) para triplica a capacidade contratada em um acordo anterior com a Huawei Digital Power, saltando de 250 MWh para 750 MWh ao longo dos próximos dois anos. A parceria também é focada em BESS.
“A expansão da nossa parceria com a Huawei Digital Power é um passo fundamental para alcançar esse objetivo, aproveitando a tecnologia do BESS para promover soluções de energia limpa aos desafios energéticos enfrentados pela indústria nacional”, disse Alexandre Gomes, diretor da Unidade de Negócios da Matrix Digital Power, na época.
