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Medidas pós-apagão reduzem em 17% geração da Echoenergia

A Echoenergia, divisão de geração renovável do grupo Equatorial, reduziu a sua capacidade de geração em 17,2% no terceiro trimestre de 2023 em função das medidas adotadas pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) depois do apagão de 15 de agosto. No total, a empresa apurou uma geração eólica de 1,18 mil GWh no período.

Medidas pós-apagão reduzem em 17% geração da Echoenergia

A Echoenergia, divisão de geração renovável do grupo Equatorial, reduziu a sua capacidade de geração em 17,2% no terceiro trimestre de 2023 em função das medidas adotadas pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) depois do apagão de 15 de agosto. No total, a empresa apurou uma geração eólica de 1,18 mil GWh no período.

Segundo a Equatorial, os projetos Serra do Mel e Tianguá foram os mais afetados, com perdas de 153 GWh e 38 GWh, respectivamente. Além disso, no período houve a manutenção de dois aerogeradores do parque Echo 2. A Equatorial Energia fez, nesta quinta-feira, 9 de novembro, sua teleconferência com acionistas a respeito dos resultados do terceiro trimestre.

Os problemas na divisão de geração renovável impactaram em uma redução de 10,9% no Ebitda (sigla em inglês para resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Echoenergia.

O grupo Equatorial registrou no trimestre aumento no Ebitda ajustado de 32,7% em relação ao mesmo período de 2022, alcançando R$ 2,5 bilhões. O lucro líquido do grupo foi de R$ 851 milhões, aumento de 25,5% em relação a 2022.

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O trimestre reflete a consolidação da Equatorial Goiás, que não constava nos resultados de 2022. A distribuidora adicionou R$ 662 milhões em margem bruta para o grupo.

Energia distribuída aumenta 7%

No período, a Equatorial injetou 16,8 mil GWh, considerando o que entrou no Sistema Interligado Nacional (SIN), sistemas isolados e geração distribuída (GD). O montante representa aumento de 6,8% em relação a 2022. A energia distribuída registrou aumento no mesmo patamar, com 13,6 mil GWh. As perdas totais registraram 18,6% do injetado, contra 19,5% em 2022.

Os indicadores de qualidade Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC) e Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (FEC) melhoraram no período, embora a DEC ainda esteja acima do limite regulatório em algumas regiões, como Piauí, Rio Grande do Sul e na recém-adquirida Equatorial Goiás. O FEC ficou acima dos limites regulatórios no Rio Grande do Sul e Goiás.

Perguntado sobre os efeitos esperados da interrupção do fornecimento de energia em São Paulo pela Enel, o diretor de Regulação e Mercado da Equatorial Energia, Cristiano Logrado, respondeu que não acredita em impactos sobre as concessões de distribuição.

“Acho frágil. Não vai ser avaliada uma prorrogação de concessão de 30 anos por um evento pontual, e sim por um período maior de observação da distribuidora”, disse. O executivo ainda avalia que, no geral, o avanço da privatização tem sido positivo para o país.

Outros segmentos

Na teleconferência, a diretoria da empresa também destacou a construção dos parques solares Ribeiro Gonçalves (Piauí) e Barreiras 1 (Bahia), que devem entrar em operação em 2024. Os investimentos nos projetos somaram R$ 1,1 bilhão no trimestre e cerca de R$ 2 bilhões no acumulado.

Em comercialização, a Equatorial fechou o trimestre com 900 clientes, aumento de 42,5% em relação ao mesmo período de 2022.

Em transmissão, a Equatorial registrou Ebitda regulatório de R$ 307 milhões, crescimento de 0,6% em relação a 2022. O resultado regulatório é considerado pelas empresas de transmissão e pelos analistas de mercado como mais aderente ao retrato financeiro atual do segmento. Nesse tipo de contabilização, a receita representa os recebimentos da companhia, refletindo no seu fluxo de caixa, e os investimentos são reconhecidos no balanço patrimonial como ativo imobilizado.

O segmento de saneamento registrou prejuízo de R$ 66,7 milhões, aumento de 15% nas perdas em relação a 2022. Entretanto, a companhia vê esta divisão como um projeto “greenfield”, de longo prazo. Assim, são mais considerados o crescimento de 46% nos volumes faturados, o aumento de 20% no índice de cobertura e a redução de 15,4% nas perdas. “Esta é uma grande avenida de crescimento para o grupo”, disse o diretor Financeiro da Equatorial, Leonardo Lucas.