
A Renova Energia aumentou em 20,1% a sua geração líquida em um ano, atingindo 320,6 GWh no segundo trimestre de 2025. O aumento ocorreu mesmo com crescimento de 40% nos níveis de curtailment da companhia, que alcançaram 81,8 GWh no trimestre, ou 20,3% da geração no período.
Excluindo os cortes, a geração foi de 402,4 GWh, com crescimento de 23,7% na base anual. Segundo a Renova, o avanço na geração se deve a melhorias na performance dos parques, que registraram perdas de dinâmica abaixo de 3%, e da melhoria na disponibilidade, com aumento de 62 mil horas de disponibilidade no trimestre.
Em relação aos cortes, a Renova avalia que cerca de 48% do curtailment no trimestre poderá receber ressarcimento.
No enfrentamento aos cortes, a empresa também aposta em uma nova unidade com “soluções tecnológicas” para data centers, que terá seu início no Complexo Eólico Alto Sertão III, na Bahia.
“A realização desse projeto é o primeiro passo dessa unidade com possibilidade de expansão de até 700 MW, permitindo conectar novos clientes sem a necessidade de investimentos adicionais significativos em infraestrutura”, disse o presidente da Renova, Sergio Brasil.
“Como a nossa solução de engenharia está diretamente ligada à nossa subestação, a expectativa nossa é que seja um mitigador de curtailment”, reforçou o executivo em teleconferência de acionistas sobre o resultado do segunto trimestre de 2025, realizada nesta sexta-feira, 15 de agosto.
Sergio Brasil detalhou que o contrato para esta solução é celebrado em dólar com índices de correção pela inflação norte-americana. Ele não detalhou a duração, mas comentou que “são contratos um pouco mais longos que os habituais de mercado livre”.
Resultados
No segundo trimestre de 2025, a Renova Energia registrou prejuízo de R$ 222 mil, revertendo lucro de R$ 13,8 milhões registrado há um ano. A receita operacional líquida foi de R$ 149,9 milhões, com avanço de 167,6% na base anual.
O Ebitda no trimestre foi de R$ 47,1 milhões, com retração de 36,7% em um ano.