As ações da Petrobras operam com queda acentuada na manhã dessa segunda-feira, depois que o presidente Jair Bolsonaro interferiu na companhia e indicou o general Joaquim Silva e Luna, atual diretor-geral de Itaipu, como novo presidente da petroleira.
O mandato de Roberto Castello Branco na presidência da Petrobras vai até 20 de março. A indicação do militar para substituir o executivo veio um dia depois que o presidente Bolsonaro fez críticas severas à administração da petroleira, por ter aumentado os preços de combustíveis mais uma vez.
Analistas de mercado enxergam a mudança como uma clara interferência estatal na companhia, ferindo sua governança como economia de capital misto, ou seja, empresa estatal com sócios privados.
Por volta de 11h, as ações preferenciais da Petrobras tinham queda de 19,16%, a R$ 22,023. As ações ordinárias, por sua vez, cairam 19,78%, a R$ 21,70.
As ações das empresas de energia elétrica também operam em queda no pregão dessa segunda-feira, 22 de fevereiro, diante dos receios de que o próximo passo do governo seja interferir também no setor elétrico.
A Eletrobras lidera as baixas. As ações ordinárias recuam 6,97%, a R$ 27,06, e as preferenciais classe B recuam 6,28%, a R$ 27,45.
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Cemig e Light também sofrem, já que há uma indicação maior de que os tributos pagos a maior pela incidência de ICMS sobre a base de cálculo de PIS e Cofins, já contabilizados em parte pelas empresas em seus balanços, serão totalmente ressarcidos aos consumidores. As ações preferenciais da Cemig recuam 4%, a R$ 12,23. Os papéis ordinários da Light recuam 5,29%, a R$ 18,98. A Equatorial, que também fez a contabilização dos créditos fiscais, recua 3,8%, a R$ 21,78.
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