A Neoenergia iniciou nesta quarta-feira, 5 de outubro, a operação do Centro de Gerenciamento de Redes Inteligentes (Cegri) para supervisionar aproximadamente dois mil equipamentos da distribuidora no Distrito Federal, a Neoenergia Brasília. De acordo com a empresa, o objetivo da modernização faz parte da sua estratégia de digitalização voltada à transição energética.
O Cegri conta com computadores que combinam data analytics com inteligência artificial (IA), permitindo a correlação de alarmes e a predição de falhas e ocorrências dos equipamentos monitorados. Os dados coletados serão usados para basear a tomada de decisões da distribuidora.
Com a expansão, cerca de 75 mil dispositivos das cinco concessionárias que integram o grupo — Neoenergia Coelba (BA), Neoenergia Pernambuco (PE), Neoenergia Cosern (RN) e Neoenergia Elektro (SP e MS), além da empresa na capital federal — serão acompanhados pela central que está localizada em Salvador, na Bahia.
“As redes inteligentes são essenciais para apoiar a descarbonização do setor elétrico, que precisará orquestrar um sistema mais complexo de distribuição com a expansão de novas fontes renováveis. Entre os compromissos ESG (ambiental, social e de governança, na sigla em inglês) da Neoenergia está o alcance de 90% das redes de alta e média tensão digitalizadas até 2030”, afirmou a companhia em nota.
Lotes de transmissão
Ainda esta semana, a Neoenergia assinou o contrato dos lotes de transmissão arrematados no leilão de junho, realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Na ocasião, a empresa levou dois lotes para a construção de cerca de dois mil quilômetros de linhas nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
“Estamos nos preparando para entregar os projetos com antecipação nos prazos e economia de Capex em relação à estimativa inicial do órgão regulador, em linha com o modelo de eficiência adotado em nossos empreendimentos de transmissão”, afirmou Eduardo Capelastegui, CEO da Neoenergia, durante cerimônia de assinatura.
O lote 2 arrematado no leilão deverá expandir a capacidade de transmissão da região norte de Minas Gerais, para escoamento da energia gerada por fontes renováveis. Enquanto o lote 11 contará com investimento de cerca de R$ 499 milhões.
Atualmente, a empresa conta com 2.334 quilômetros de linhas em operação e 4.031 quilômetros em construção, distribuídos pelas cinco regiões do Brasil.
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