
A Neoenergia informou que fechou um acordo para venda de 50% do ativo de transmissão Itabapoana ao GIC, fundo soberano de Singapura, num negócio avaliado em R$ 127,5 milhões.
O acordo representa um avanço em relação ao negócio celebrado pela Neoenergia em abril de 2023.
No arranjo societário, a holding Neoenergia Transmissão, que tem o controle compartilhado entre GIC e Neoenergia, cada uma com 50%, vai emitir novas ações.
A controlada da Iberdrola vai aportar o ativo Itabapoana, e ficará com metade do valor aportado pelo GIC na holding.
Ao fim da transação, a Neoenergia continuará com 50% do braço de transmissão, e os 50% restantes serão do GIC, por meio dos fundos Unique Power e Warrington Investment. O ativo Itabapoana será detido pela holding Neoenergia Transmissão, ou seja, metade da Neoenergia e metade dos fundos do GIC.
Detalhes do ativo Itabapoana
Licitado em 2018 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o ativo conta com 221,9 km de linha de transmissão, em circuito duplo, entre as subestações Mutum (MG) e Campos 2 (RJ), com tensão em 500 kV, e tem uma dívida líquida de R$ 577 milhões, considerando 30 e dezembro de 2024.
Essa é a primeira transação realizada depois do acordo de desenvolvimento assinado entre a Neoenergia e o GIC em abril de 2023, quando o fundo de Singapura ficou com 50% de oito linhas de transmissão operacionais, somando R$ 1.865 quilômetros, por R$ 1,2 bilhão aproximadamente.
Com esse acordo, o GIC garantiu direito de primeira oferta nas vendas futuras dos ativos restantes de transmissão da Neoenergia, incluindo Itabapoana.
Expectativas e alocação de capital
Até o fim de 2025, a Neoenergia espera encerrar o ciclo de investimento em transmissão com a entrada em operação dos quatro últimos lotes ainda em construção, Vale Itajaí, Guanabara, Morro do Chapéu e Alto Paranaíba, que somam cerca de R$ 1 bilhão em receita anual permitida (RAP).
“Essa nova operação reafirma a excelência operacional da Neoenergia e a cultura interna de perseguir sempre a melhor alocação de capital e a otimização de resultados para os acionistas. Temos mais lotes entrando em operação em breve, reforçando a assertividade da nossa estratégia. Estamos satisfeitos por ter um sócio com propósito alinhado e reconhecido internacionalmente”, disse, em nota, Eduardo Capelastegui, CEO da Neoenergia.