A joint venture anunciada pela Vibra Energia (antiga BR Distribuidora) e a Copersucar deve comercializar 9 milhões de m³ anuais de etanol inicialmente, disseram os executivos da companhia, em entrevista coletiva concedida na tarde dessa segunda-feira, 30 de agosto. O faturamento inicial é estimado em R$ 30 bilhões anuais.
Segundo Pedro Paranhos, diretor comercial e de operações da Copersucar, a maior parte do volume negociado deve ser no mercado brasileiro, onde se concentram as atividades da Vibra e da Copersucar. O objetivo, contudo, é crescer, tanto no mercado externo quanto no doméstico, por meio de negociações com terceiros.
“O objetivo da empresa é transacionar majoritariamente de terceiros. O volume de etanol da Copersucar seria o menor entre as empresas, a maior parte vem de terceiros, tanto na compra de etanol de usinas quanto na venda para outras distribuidoras”, disse Paranhos.
A joint venture, que ainda não teve um nome divulgado, inicialmente será responsável pela comercialização dos 4,5 a 5 bilhõs de litros de etanol produzidos pelas usinas vinculadas à Copersucar. Além disso, vai vender os volumes demandados pela Vibra, em torno de 6 e 6,5 bilhões de litros de etanol por ano. Para chegar aos 9 bilhões de litros por ano, vai precisar adquirir o combustível de outros produtores e também vender a outros distribuidores que não à dona dos postos com a marca BR.
A comercializadora poderá atuar em fluxos de exportação e importação de combustíveis, desde que as transações sejam consideradas competitivas. “A importação depende muito da arbitragem de preços. Se não houver espaço, não faz sentido”, disse João Teixeira, presidente da Copersucar.
Para a Vibra, esse negócio é mais um passo na sua transformação de uma distribuidora de combustíveis para uma empresa de energia, de acordo com Wilson Ferreira Junior, presidente da companhia.
“O negócio de infraestrutura é focado em escala, e a escala vai poder ser benéfica ao consumidor”, disse Ferreira. “O objetivo da companhia é ser uma comercializadora, utilizar o poder de compra de forma adequada”, completou. Assim, a Vibra Energia e a Copersucar devem ganhar competitividade no mercado, por meio do aumento da eficiência no processo de comercialização de combustíveis.