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NTS assina novos contratos para transporte de gás com a Shell e Galp

A Nova Transportadora do Sudeste (NTS) anunciou a assinatura de oito novos contratos de transporte de gás com a Shell Brasil e a Galp para este ano, com duração de 12 meses.  

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A Nova Transportadora do Sudeste (NTS) anunciou a assinatura de oito novos contratos de transporte de gás com a Shell Brasil e a Galp para este ano, com duração de 12 meses.  

Com a Galp serão dois contratos de entrada em Caraguatatuba, localizado em São Paulo, e no Terminal de Cabiúnas (Tecab), situado no município de Macaé, Rio de Janeiro. Outros quatro contratos são de saída, em Minas Gerais e Replan (interconexão com a TBG).  

Já o acordo entre a companhia e a Shell envolve dois contratos de entrada em Caraguatatuba e em Cabiúnas.    

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“Estes são os primeiros contratos firmes assinados com novos carregadores na NTS [em 2023]. Com investimentos anunciados de R$ 12 bilhões em seu plano estratégico [divulgado em setembro do ano passado], a NTS quer aumentar a flexibilidade da malha e a oferta de capacidade de transporte disponibilizada para os carregadores”, disse o diretor Comercial da companhia, Helder Ferraz. 

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Com o novo plano de negócios, a companhia pretende priorizar os novos contratos de curto prazo, já que, segundo a empresa, eles permitem a entrada de novos carregadores, sem a necessidade de chamada pública.  

“Este novo contrato com a NTS reforça o posicionamento da Shell Energy Brasil de oferecer soluções dinâmicas, competitivas e acessíveis de energia mais limpa. Mais do que disponibilizar gás e outras fontes de energia, a Shell Energy disponibiliza soluções completas, incluindo o transporte seguro e confiável, e a NTS é uma importante parceira para nossos objetivos” afirmou o diretor-presidente da Shell Energy Brasil, Christian Iturri.

Atualmente, a transportadora de gás conta com mais de 2 mil quilômetros de malha com capacidade de transporte contratual de 158,2 milhões m³ de gás por dia.  

As conexões da NTS conectam os estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, responsáveis por aproximadamente 50% do consumo de gás no Brasil, ao gasoduto Brasil-Bolívia e a outros dutos de transporte, terminais de GNL e unidades de processamento.  

Gás da Bolívia 

Em relatório divulgado na semana passada, a consultoria Wood Mackenzie informou que a produção de gás boliviano deve cair de 1.400 milhões de pés cúbicos por dia (mmcfd) em 2022 para 400 mmcfd em 2030.

“A produção na Bolívia está em declínio constante desde 2015, com um ligeiro aumento em 2021. Com poucas novas descobertas e pouca oferta nos campos maduros, a produção começará a cair em um ritmo muito mais rápido. Atualmente, a demanda doméstica consome cerca de 30% da oferta total. Até 2030, a demanda doméstica provavelmente superará essa oferta e podemos ver a Bolívia se tornar um importador”, disse Amanda Bandeira, analista de Upstream da América Latina da Wood Mackenzie.  

Segundo o documento, será necessário um impulso para a exploração e novas descobertas na Bolívia para reverter a tendência de produção, no entanto, os esforços iniciais não foram bem-sucedidos. 

O declínio projetado para o setor de gás boliviano pode ter um impacto direto nas exportações do Brasil e da Argentina, que representam mais de 70% das vendas totais de gás do país. 

Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou que a construção de um gasoduto de 500 quilômetros entre a Argentina e o Sul do Brasil pode se tornar factível

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