A expansão da geração distribuída no país é inevitável mesmo considerando a perspectiva de mudança de regras, avalia João Marques da Cruz, presidente da EDP Brasil, em teleconferência sobre os resultados do primeiro trimestre de 2021.
“A partir do momento em que as tecnologias ficam mais maduras, o subsídio deixa de ser essencial”, disse o executivo, se referindo à fonte solar fotovoltaica, que é uma das apostas da EDP para venda de empreendimentos de geração distribuída. Para o executivo, com o crescimento do peso dessa fonte no sistema, “é necessário revisitar a matemática.”
A tendência, para Marques da Cruz, é que o Brasil “se confronte com essa necessidade de revisitar o assunto de quem paga os encargos gerais do sistema.”
Essa perspectiva de revisão das regras de GD não deve comprometer o crescimento da fonte solar fotovoltaica no país, disse Carlos Andrade, diretor de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios da companhia.
“A GD é absolutamente irreversível. As mudanças em discussão neste momento já eram previstas pela própria Aneel em 2015”, disse Andrade. Segundo ele, independentemente das mudanças, “o crescimento da GD solar é irreversível” e a tecnologia “veio para ficar.”