A Petrobras informou que assinou contrato com a chinesa CNOOC para escoamento e processamento do gás natural do pré-sal da Bacia de Santos. Em paralelo, a estatal avançou ao garantir aumento da sua produção de óleo e gás no pré-sal no médio prazo com menor impacto ambiental, ao iniciar os processos de contratação de unidades do tipo FPSO para as jazidas compartilhadas de Atapu e Sépia.
Gás natural
A companhia assinou o contrato do Sistema Integrado de Processamento de gás natural com a CNOOC em conjunto com a Petrogal Brasil, Repsol Sinopec e Shell, sócias nos gasodutos offshore do pré-sal da Bacia de Santos.
A China National Offshore Oil Corporation (CNOOC) poderá escoar o gás natural oriundo do campo de Búzios por qualquer uma das rotas de exportação do sistema integrado e processá-lo nas plantas de propriedade da Petrobras.
O sistema é composto pelas Rotas 1, 2 e 3, e contempla as plantas de processamento da Petrobras localizadas em Caraguatatuba, São Paulo, Cabiúnas e Itaboraí (em construção).
Novas plataformas
A estatal informou também que iniciou a contratação das unidades do tipo FPSO P-85 e P-84, respectivamente para Sépia e Atapu, que terão cada uma capacidade de produção diária de 225 mil barris de óleo por dia e processamento de 10 milhões de metros cúbicos de gás por dia.
As plataformas terão o conteuso all electric, uma concepção de engenharia para geração mais eficiente de energia, já adaptadas aos novos limites de emissões de gases causadores do efeito estufa.
As propostas devem ser recebidas em julho de 2023, e o início da produção nas plataformas é esperado para 2028. Segundo a companhia, o projeto vai reduzir as emissões em 30% por barril de óleo equivalente produzido.
A Petrobras é operadora das duas jazidas. Após a segunda rodada de licitação dos volumes excedentes da cessão onerosa, a Petrobras passou a deter na jazida compartilhada de Atapu 65,7% de participação, a Shell 16,7%, a TotalEnergies 15%, a Petrogal 1,7%, e a União, representada pela Pré-Sal Petróleo (PPSA), 0,9%.
Para a jazida compartilhada de Sépia, a composição é Petrobras (55,3%), TotalEnergies (16,9%), Petronas Petróleo Brasil (12,7%), QatarEnergy (12,7%), Petrogal (2,4%). Em ambas jazidas a PPSA atua como gestora do contrato de partilha.