O conselho de administração da Petrobras decidiu não convocar uma nova assembleia geral extraordinária (AGE), que tinha sido pleiteada por acionistas minoritários após a renúncia do conselheiro Marcelo Gasparino, que tinha sido eleito por voto múltiplo.
Segundo comunicado da Petrobras, o estatuto social da companhia prevê que a vaga pode ser preenchida por um substituto eleito pelo conselho de administração até que seja realizada nova assembleia geral de acionistas. Assim, a continuidade da gestão da companhia é garantida.
A convocação de nova AGE neste momento poderia gerar “custos, insegurança e consequências desnecessárias”, sem a garantia de que a nova eleição transcorreria sem os mesmos questionamentos.
Como Gasparino foi eleito por voto múltiplo, a próxima assembleia vai envolver a eleição dos oito membros do conselho que foram eleitos por voto múltiplo na assembleia geral extraordinária de 12 de abril, sendo sete indicados pela União.
A Petrobras respondeu ainda os questionamentos feitos sobre o processo de votação na eleição de seu conselho de administração. Os minoritários da companhia questionaram, por exemplo, os resultados do boletim de voto a distância, devido a diferenças de redação nos boletins de voto à distância publicados em inglês e em português.
“A Petrobras entende ser pertinente prosseguir com a análise dos fatos ocorridos, inclusive mediante contatos com a B3, com os demais agentes envolvidos na realização da Assembleia, com outras companhias que realizaram assembleia com voto múltiplo recentemente e com a CVM”, diz o comunicado da estatal.