
A Petrobras e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) analisam a criação de um comitê gestor interinstitucional para tratar das demandas relacionadas à Margem Equatorial, região que abrange os blocos exploratórios de petróleo e gás localizados entre os estados do Amapá e do Rio Grande do Norte.
O objetivo do grupo será coordenar os trabalhos relacionados ao acompanhamento das solicitações de outorga de autorização para a prestação de serviços nas navegações de apoio marítimo, portuário, cabotagem, longo curso, afretamento de embarcações, além da exploração da infraestrutura aquaviária.
Parceria em carbono
O estudo de cooperação foi anunciado pelas partes na última semana após reunião para tratar dos resultados do Inventário Setorial de Emissões de Carbono, elaborado pela autarquia.
O levantamento abrange o período de 2021 a 2023 e destaca que o transporte aquaviário de cargas pelas vias interiores do Brasil apresentou um crescimento expressivo de 14,4%, enquanto a navegação de cabotagem teve um incremento de 4,1% no mesmo intervalo.
Mesmo com a expansão da atividade, o inventário aponta uma redução de 7,68% nas emissões de gases de efeito estufa (GEE) no setor. O resultado foi atribuído, principalmente, às ações da Petrobras voltadas à melhoria da qualidade dos combustíveis.
“A redução nas emissões, mesmo diante do crescimento do transporte aquaviário, demonstra que é possível avançar em eficiência logística com responsabilidade ambiental. As ações da Petrobras mostram o impacto positivo que a transição energética pode ter já no curto prazo”, avaliou o diretor-geral substituto da agência, Caio Farias.