A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (29 de junho) a aquisição de certificação I-REC (Renewable Energy Certificate) que atesta a origem renovável de toda a energia adquirida de fornecedores externos para suas operações industriais e administrativas no Brasil – ou seja, garante a neutralidade das emissões de escopo 2.
Além do chamado “escopo 2”, que se refere à energia obtida de fornecedores externos, a Petrobras também emprega em suas operações a energia gerada em suas próprias instalações (em plataformas, térmicas e refinarias, por exemplo), cujas emissões são conhecidas como “escopo 1”. As emissões de “escopo 3” são aquelas geradas pelo cliente final no uso dos produtos vendidos pela Petrobras. A neutralidade das emissões se refere apenas ao escopo 2.
Os certificados foram adquiridos com os recursos do Fundo de Descarbonização da Petrobras. O Plano Estratégico 2023-2027 da companhia prevê o investimento de US$ 4,4 bilhões, correspondente a 6% do Capex da empresa, em ações de descarbonização (incluindo gastos em P&D).
A Petrobras tem a meta de reduzir em 30% suas emissões de escopo 1 e 2 até 2030 (em comparação com os níveis de 2015) e de neutralizá-las completamente até 2050. A empresa também objetiva “influenciar” seus fornecedores a reduzirem sua pegada de carbono. Outras companhias de petróleo, como Shell, Equinor e Eni, têm a ambição de zerar também a emissão de escopo 3 até 2050.
“A neutralização de emissões do escopo 2 é um marco relevante em nossa jornada de transição energética e evidencia que estamos colhendo frutos concretos nessa caminhada em parceria com nossos fornecedores”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em comunicado.
A certificação I-REC é o padrão usado internacionalmente para assegurar a origem renovável da energia. Eles pertencem às geradoras de energia e podem ser comercializados com os consumidores dessas empresas, interessados em assegurar a origem renovável da energia comprada.