A Petrobras prevê uma economia de até US$ 30 milhões em 2021 com o processo de fechamento de escritórios no país iniciado em 2018. A empresa prevê chegar a oito o número de edifícios administrativos em funcionamento no Brasil no primeiro trimestre de 2021, ante o total de 23 unidades que existiam há dois anos.
Em movimento semelhante no exterior, a petroleira vai racionalizar sua presença internacional no próximo ano, concentrando sua atuação comercial fora do Brasil nos escritórios de Roterdã, na Holanda, em Houston, nos Estados Unidos e em Cingapura.
Como parte do processo, as atividades comerciais da companhia em Londres, na Inglaterra, serão transferidas para a unidade sediada em Roterdã. A mudança será iniciada no primeiro trimestre de 2021 e deverá ser concluída no segundo semestre do mesmo ano. Com isso, a economia com a desativação de escritórios externos desde 2019 atingirá US$ 13,5 milhões por ano em 2021, segundo estimativas da estatal.
Dos 18 escritórios que a Petrobras mantinha fora do país no fim de 2018, dez já foram fechados, além de Londres. A companhia mantém, ainda, escritórios na Bolívia, Argentina, Colômbia e no Uruguai. Nesses três últimos países, há processo de desinvestimentos em curso, e a tendência é que, uma vez concluídos, os respectivos escritórios sejam também desativados.
Desinvestimentos
Com relação aos desinvestimentos, a companhia iniciou nesta quarta-feira, 23 de dezembro, a etapa de divulgação da oportunidade (teaser) relativa à venda da totalidade de suas participações de 51% na Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) e de 25% na Transportadora Sulbrasileira de Gás S.A. (TSB).
A empresa também iniciou a fase vinculante referente à venda da totalidade de suas participações em um conjunto de 26 concessões de campos de produção terrestres e de águas rasas, localizadas na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte, denominados Polo Potiguar. No acumulado do ano até novembro, esses campos produziram 23,3 mil barris diários de petróleo e 96 mil m³ diários de gás natural. Além das concessões, está incluída na transação a refinaria Clara Camarão, em Guamaré (RN), com capacidade de refino de 39,6 mil barris diários.
Braskem
A Petrobras também assinou ontem contratos de longo prazo com a Braskem para fornecimento de nafta petroquímica para a unidade industrial de São Paulo e de fornecimento de etano e propano para a unidade industrial do estado do Rio de Janeiro. O contrato de nafta, no valor estimado de R$ 19 bilhões, entrará em vigor nesta quarta-feira e vigorará até 31 de dezembro de 2025. A quantidade é de até 2 milhões de toneladas por ano.
O contrato de etano e propano, no valor estimado de R$ 7,6 bilhões, entrará em vigor em 1º de janeiro de 2021, após o encerramento do contrato atual, e vigorará até 31 de dezembro de 2025. As quantidades contratuais de etano e propano, somadas, são equivalentes à produção, pela Braskem, de 580 mil toneladas por ano de eteno.
