A Petrobras pretende reiniciar no começo de 2021 o processo de arrendamento do terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) da Bahia. A concorrência anterior acabou indefinida, já que a única oferta válida pelo negócio foi feita pela Golar Power, que teve elevada sua nota de grau de risco de integridade (GRI), o que provocou sua desclassificação.
“Nossa expectativa é, no início do ano, abrir novo processo de arrendamento do terminal de regaseificação da Bahia”, disse a diretora de Refino e Gás Natural da companhia, Anelise Lara, em reunião com analistas e investidores sobre o plano estratégico 2021-2025.
Com relação ao processo licitatório anterior, a comissão de licitação da Petrobras negou este mês recursos apresentados pela Golar e a BP. A Golar havia solicitado uma reavaliação da nota de GRI, enquanto a petroleira britânica, que não havia apresentado proposta vinculante, tinha solicitado uma postergação do prazo para fazê-lo.
Também no início de 2021, a Petrobras espera definir o novo modelo de venda de sua participação de 51% na Gaspetro, empresa que detém participação em diversas distribuidoras de gás natural no Brasil. Segundo Anelise, a sócia na Gaspetro com os 49% remanescentes, a japonesa Mitsui também tem planos de se desfazer do ativo.
“Esse modelo ainda não está definido. Esperamos ter para o início de 2021 o modelo de venda de participação na Gaspetro, atendendo os requisitos do TCC [Termo de Compromisso de Cessação] do Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica]”, completou Anelise, em entrevista coletiva sobre o plano, realizada via internet.
Com relação ao plano de desinvestimentos na área de refino, o presidente da companhia, Roberto Castello Branco, destacou que está previsto o recebimento das ofertas vinculantes para as refinarias Refap (RS) e Repar (PR) em 10 de dezembro. “Esperamos concluir a venda das oito refinarias integralmente até o fim de 2021, de acordo com o compromisso com o Cade”, completou.
