A Petrobras deve “abrir novos horizontes” e investir na descarbonização, com novos ativos de geração renovável e biocombustíveis, afirmou Jean Paul Prates, novo presidente da estatal.
“Trabalharemos para que a Petrobras siga sua jornada na indústria de petróleo e gás, mas também trilhe novos caminhos perseguindo a descarbonização, acelerando a diversificação rentável e a transição energética justa”, disse Prates, em vídeo distribuído aos colaboradores da Petrobras depois da sua posse.
O executivo, que antecipou ontem, 26 de janeiro, sua saída do Senado, defendeu que a Petrobras continue investindo em petróleo e gás, refino, e defendeu a exploração de novas fronteiras, como a Margem Equatorial. “Queremos que a Petrobras cresça, e o país cresça com ela”, disse, completando que a companhia tem um “efeito multiplicador” na economia brasileira.
Ao mesmo tempo, ele destacou que o mundo passa por grandes transformações, e que mitigar as mudanças climáticas é “uma demanda global, necessária e urgente”, e que o porte da Petrobras faz com que ela ocupe um papel de “grande impulsionadora da transição energética no Brasil”.
Ontem, o conselho de administração da Petrobras aprovou por unanimidade a indicação do nome de Prates para a presidência da estatal, informou a companhia em comunicado.
O mandato terá duração até 13 de abril de 2023, mesmo prazo dos demais integrantes da diretoria executiva da companhia. Em abril, a companhia deve fazer uma assembleia de acionistas para deliberar sobre a efetivação de Prates no cargo por um novo mandato, quanto também serão eleitos novos conselheiros para a estatal.
Aumento nas reservas
Ainda ontem, a Petrobras informou as estimativas de reservas provadas ao fim de 2022. Segundo a companhia, que usou os critérios da Securities and Exchange Commission (SEC, regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos), havia 10,5 bilhões de barris de óleo equivalente em reservas provadas, sendo 85% óleo e condensado, e 15% de gás natural.
Em 2022, foram adicionados 2 bilhões de barris de óleo equivalente às suas reservas, o maior incremento da sua história. A empresa explicou que isso aconteceu em função do desenvolvimento do campo de Búzios e de novos projetos para aumento da recuperação de petróleo em outros campos das Bacias de Santos e de Campos, além de apropriações pelo bom desempenho das jazidas.
Houve reduções recorrentes da cessão de 5% da participação no Excedente da Cessão Onerosa em Búzios e pelos efeitos do acordo de coparticipação de Atapu e Sépia, além de cessões de direitos em campos maduros.
A relação entre as reservas provadas e a produção aumentou para 12,2 anos, segundo a estatal.