A Petrobras vive um momento positivo de investimentos, sem sinais de intervenção do governo na gestão da companhia, inclusive sobre a política de preços de combustíveis, de acordo com avaliação feita pela agência de classificação de risco Moody’s. A empresa destaca ainda que a disciplina de custos da petroleira pode ajudar no aumento dos ganhos da companhia.
A análise faz parte de relatório divulgado nesta segunda-feira, 14 de dezembro, pela Moody’s, em que avalia o cenário da indústria de petróleo e gás natural na América Latina em 2021. Na opinião da empresa, a perspectiva é estável para o setor no Brasil e na Colômbia e negativa para a indústria na Argentina e no México.
Com relação ao Brasil, a Moody’s destaca o aumento da produtividade da extração de óleo e gás, especialmente no pré-sal, o ambiente regulatório favorável e a perspectiva de realização de novos leilões de áreas exploratórias de óleo e gás no país.
Sobre a Petrobras, a classificadora de riscos também ressalta a meta da companhia de reduzir a dívida bruta para US$ 67 bilhões em 2021 e US$ 60 bilhões em 2022, além do plano de venda de metade de seu parque de refino, diminuindo a exposição futura da petroleira a eventuais diretrizes do governo para política de preços de combustíveis.
A Moody’s também menciona o recém-lançado plano estratégico da Petrobras para o período 2021-2025, para o qual estão previstos investimentos de US$ 55 bilhões, sendo US$ 46 bilhões em exploração e produção, principalmente em ativos na camada pré-sal.
Desinvestimentos
A Petrobras iniciou a etapa não vinculante referente ao processo de venda de 50% de sua participação nos campos de Marlim, Voador, Marlim Leste e Marlim Sul, na Bacia de Campos, informou nesta segunda-feira a petroleira.
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Panorama Mensal do Petróleo – Dezembro/2020
