Petroleiros de sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP) iniciaram greve nesta sexta-feira, 5 de março, nos estados do Amazonas, São Paulo e Espírito Santo. No caso da Bahia, a categoria retomou por tempo indeterminado a greve suspensa anteriormente.
Os petroleiros cobram da Petrobras melhores condições de trabalho, o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e criticam o programa de venda de ativos da petroleira.
De acordo com a FUP, também houve mobilizações hoje na refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco, e na usina do xisto (SIX), no Paraná, duas unidades que integram o pacote de venda de ativos de refino da estatal. A expectativa é que os funcionários das duas unidades iniciem o movimento grevista nos próximos dias.
Procurada pela MegaWhat, a Petrobras informou que empregados e sindicatos estabeleceram consenso e firmaram acordo sobre os temas de maior interesse dos empregados para os próximo dois anos e, portanto, um movimento grevista no período de vigência do ACT não se justifica.
Com relação ao programa de venda de ativos, a empresa acrescentou que, baseada em decisões recentes do Tribunal Superior do Trabalho (TST), uma eventual greve contra os desinvestimentos não preenche os requisitos legais para o exercício do direito de greve, podendo ser considerada abusiva.