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PetroReconcavo continua com apetite para M&A e “pode ser uma consolidadora de onshore”

Após a aquisição da Maha Energy, anunciada em dezembro de 2022 e concluída dois meses mais tarde, a PetroReconcavo continua com apetite para mais fusões, aquisições e “outras sinergias”. A empresa avalia que, com o desinvestimento da Petrobras, entraram no mercado alguns players que não têm fôlego para uma atuação de longo prazo.

PetroReconcavo continua com apetite para M&A e “pode ser uma consolidadora de onshore”

Após a aquisição da Maha Energy, anunciada em dezembro de 2022 e concluída dois meses mais tarde, a PetroReconcavo continua com apetite para mais fusões, aquisições e “outras sinergias”. A empresa avalia que, com o desinvestimento da Petrobras, entraram no mercado alguns players que não têm fôlego para uma atuação de longo prazo.

“Temos um time dedicado para M&A [fusões e aquisições, do termo em inglês Mergers & Acquisitions] olhando para essas oportunidades, como foi o caso da Maha Energy Brasil. A companhia entende que pode ser uma consolidadora de onshore”, disse à MegaWhat o head de Relações com Investidores da PetroReconcavo, Marcelo Cruvinel. “A companhia tem endividamento muito baixo. Estamos bem-posicionados para ser consolidadores”, complementou o diretor de Tecnologia, Inovação e Comunicação Daniel Jorge Costa.

Segundo Cruvinel, a PetroReconcavo já apostava em uma “onda secundária” após os desinvestimentos da Petrobras, por questões como alavancagem e preço do serviço das empresas que compraram os ativos. “Vemos que muitas empresas têm frustrado as expectativas de incremento da produção e, principalmente, de lifting cost”, avaliou o executivo, complementando que o lifting cost da PetroReconcavo está na faixa dos US$ 13 por barril, com expectativa de redução.

Verticalização pode abrir oportunidades de farm-in

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A verticalização da PetroReconcavo, que é dona de boa parte dos equipamentos e serviços utilizados em suas operações, pode contribuir para estes arranjos. A companhia avalia operações de farm-in (quando uma empresa que tem a concessão de uma área cede ou transfere seus direitos a outra empresa) em parceria com concessionários como forma de expandir suas reservas. Uma das possibilidades é que a PetroReconcavo entre com equipamentos, capacidade técnica, “eventualmente algum capital” e o parceiro ceda parte da concessão para a empresa.

“É algo que pode acontecer. Desde que vimos as atividades de desinvestimento da Petrobras, as conversas começaram”, disse Cruvinel. Ele ressalta que ainda está cedo para a concretização de algo nesta direção, mas que num horizonte de “12 a 24 meses” pode ser algo possível.

A verticalização da PetroReconcavo é um dos diferenciais da companhia e vista por analistas como um fator de proteção contra as oscilações do mercado e volatilização dos preços dos serviços. Agora, pode servir também para expandir as reservas.

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