O Porto do Açu e a Toyo Setal firmaram uma parceria para desenvolver uma planta de produção de fertilizantes nitrogenados a partir do aproveitamento do gás natural no Porto do Açu, localizado no complexo portuário de São João da Barra, Rio de Janeiro.
“O Porto do Açu já está consolidado como uma solução logística para a importação de fertilizantes. A parceria com a Toyo Setal nos permite dar um passo adiante em nossa estratégia de estabelecer o Açu como um polo de produção de fertilizantes no Brasil, contribuindo para ampliar a produção nacional e balancear a nossa dependência à importação”, afirma José Firmo, CEO do Porto do Açu.
As empresas trabalharão em conjunto na estruturação, desenvolvimento, licenciamento ambiental e na busca por investidores estratégicos para a planta. Inicialmente, a parceria focará em uma tecnologia que utiliza o gás natural como matéria-prima para a produção de fertilizantes.
Numa segunda etapa, a parceria prevê também a produção de amônia verde, obtida a partir do hidrogênio via eletrólise da água. Neste ano, o Açu deu início ao licenciamento ambiental de um cluster de hidrogênio de baixo carbono no Açu com 4GW de capacidade instalada.
Segundo as empresas, a previsão é que o projeto tenha capacidade de produzir 1,38 milhão de toneladas de ureia e 781,5 mil toneladas de amônia por ano a partir do aproveitamento do gás natural.
Plano estadual de fertilizantes
Em junho de 2022, o Rio de Janeiro aprovou um plano estadual de fertilizantes e biofertilizantes, que prevê incentivo à produção e oferta de fertilizantes na região.
A medida, instituída pela Lei 9.716/22, prevê o incentivo pelo estado ao setor, por meio de melhorias no ambiente de negócio, redução de alíquotas e estímulos em pesquisa e desenvolvimento.
“Como maior produtor de gás natural no país e localização estratégica, o nosso estado tem plenas condições de assumir um papel de protagonismo no agronegócio brasileiro, revertendo a dependência externa do Brasil na área de fertilizantes e atraindo investimentos na nova fronteira energética”, disse o presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, na época que a lei foi instituída.