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Preço do gás terá queda média de 1% em fevereiro, informa Petrobras

Magda Chambriard, presidente da Petrobras
Magda Chambriard, presidente da Petrobras | Fernando Frazão - Agência Brasil

O preço do gás natural sofrerá uma redução média de 1% a partir de 1º de fevereiro, segundo a presidente da Petrobras, Magda Chambriard. A queda faz parte do contrato trimestral entre as distribuidoras de gás e a estatal, que passa por pressão para realizar reajustes nos preços do diesel, defasado em relação à cotação internacional.

Por meio da sua rede social, Chambriard destacou que a redução média nos preços de venda da molécula de gás natural é em relação ao trimestre anterior.

“Os contratos preveem atualizações trimestrais da parcela do preço relacionada à molécula do gás e vinculam esta variação às oscilações do Brent e da taxa de câmbio R$/US$. Desde dezembro 2022, o preço médio da molécula vendida às distribuidoras acumula uma redução de até 23%, incluindo os efeitos da redução de 1% em fevereiro de 2025”, disse a executiva.

Segundo a Petrobras, para o trimestre que inicia em fevereiro de 2025 a referência do petróleo (Brent) caiu 6 % e o câmbio teve depreciação de 5,3%.

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Em nota, a estatal ressaltou que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da molécula pela companhia, mas também pelo custo do transporte até a distribuidora, pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como por suas margens (e, no caso do GNV – gás natural veicular, dos postos de revenda) e pelos tributos federais e estaduais.

 Além disso, as tarifas ao consumidor são aprovadas pelas agências reguladoras estaduais, conforme legislação e regulação específicas. A companhia destaca, ainda, que a atualização anunciada para fevereiro não se refere ao preço do GLP (gás de cozinha), envasado em botijões ou vendido a granel.

Preço do diesel

A publicação de Chambriard aconteceu depois de uma reunião promovida com o conselho de administração da estatal. Ao site G1, do grupo Globo, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que a reunião não discutiu reajustes de preços, e que a decisão sobre os valores praticados pela petroleira cabe apenas à diretoria da empresa.

Segundo o jornal O Globo, a Petrobras apresentou na reunião apenas o cenário de preços e ressaltou a volatilidade com as cotações do dólar e do petróleo. A presidente da estatal, Magda Chambriard, não participou presencialmente da reunião, pois estava em Brasília em um encontro para tratar da Margem Equatorial.

Perfuração

A Halliburton fechou contrato com a Petrobras para serviços de perfuração em vários campos offshore no Brasil, resultado de um processo competitivo. O escopo do contrato inclui serviços de perfuração para poços de desenvolvimento e exploração ao longo de um período de três anos.

De acordo com Waldomiro Mendes, vice-presidente Halliburton do Brasil, o acordo, previsto para começar em 2025, representa o maior contrato de serviço da Halliburton com a Petrobras.

“Isso expande significativamente a pegada de serviços de perfuração da Halliburton nas áreas do pré-sal e pós-sal para poços de desenvolvimento e exploração.Este contrato demonstra a força da Halliburton em perfuração offshore profunda e ultraprofunda e construção de poços”, disse em comunicado.

Reservas Provadas da Petrobras

As estimativas de reservas provadas de óleo, condensado e gás natural, segundo critérios da US Securities and Exchange Commission (SEC na sigla em inglês) da Petrobras resultaram em 11,4 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), em 31 de dezembro de 2024. Deste total, 85% são de óleo e condensado e 15% de gás natural.

Em 2024, houve a adição de reservas de 1,3 bilhão de boe, alcançando um índice de reposição de reservas (IRR) de 154%. O resultado é em função do desenvolvimento dos campos de Atapu e Sépia e do desempenho dos ativos, com destaque para os campos de Búzios, Itapu, Tupi e Sépia, na Bacia de Santos. Não houve alterações relevantes nas reservas decorrentes de variação do preço do petróleo.

A Petrobras também estima reservas segundo critério da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis no Society of Petroleum Engineers (ANP/SPE). Em 31 de dezembro de 2024, as reservas provadas segundo este critério atingiram 11,7 bilhões de barris de óleo equivalente.

As diferenças entre as reservas estimadas pelos critérios ANP/SPE e SEC estão associadas, principalmente, à utilização de diferentes premissas econômicas e à possibilidade de se considerar como reservas, no critério ANP/SPE, volumes além do prazo contratual de concessão nos campos do Brasil, de acordo com o regulamento técnico de reservas da ANP.