Empresas

Prio tem queda na produção de fevereiro e projeta próximos passos para Wahoo

Prio
Prio (Divulgação)

A Prio atingiu uma produção diária de 108,6 mil barris de óleo equivalente (boepd) em fevereiro, queda de 5% em relação ao mês anterior. Conforme dados preliminares divulgados pela empresa nesta segunda-feira, 10 de março, a companhia registrou redução na produção em todos os seus campos.

O campo de Peregrino registrou a maior produção do período, chegando a 37,7 mil boepd – recuo de 2,6%. A Prio assinou contrato de compra do ativo, localizado no Rio de Janeiro, em setembro do ano passado e passou a deter 40% de participação. A titularidade do campo é composta por um consórcio entre a Prio e a Equinor, detentora do restante da participação, com 60%.

A maior queda na produção de fevereiro foi no campo Albacora Leste, com redução de 8,9% – a 22,3 mil boepd. Segundo a empresa, o campo teve a produção afetada em função da troca de um compressor reformado, a expectativa de conclusão do processo é neste mês de março.

O Campo de Frade, que somou 38,15 mil barris de óleo por dia, também teve sua produção afetada devido a uma falha no sistema de compressão de gás, segundo a empresa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

Já o Polo Polvo e Tubarão Martelo registrou produção diária de 10,27 mil barris de óleo, em consequência da parada em dois poços. De acordo com a Prio, a parada foi decorrente de uma falha na bomba centrífuga submersa, que aguarda aprovação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)para início do workover – intervenção em poços de petróleo que envolve técnicas invasivas -, previsto para março.

A aprovação pelo instituto é esperada pela empresa desde maio de 2024, sendo postergada devido à greve do Ibama, de janeiro até agosto de 2024.

De acordo com análise de Vitor Sousa e Ricardo Bello, analistas da Genial Investimentos, divulgada na última semana, a greve do instituto é um dos motivos que levou a empresa a apresentar dificuldade em expandir a sua produção nos últimos meses.

Prio: Licença de Wahoo

Outra demora sentida pela empresa por conta da greve do instituto foi para obtenção da licença de perfuração do campo de Wahoo, obtida no final de fevereiro de 2025. O cronograma original da empresa indicava o início da produção no ativo, localizado na Bacia de Campos (Espírito Santo), no primeiro semestre de 2024.

Com a licença, a companhia espera iniciar a mobilização da sonda Hunter Queen para a perfuração do campo, o que inclui seis poços: quatro produtores e dois injetores. A próxima etapa do projeto é a avaliação do estudo de impacto ambiental, visto pela Prio como crucial para emissão da licença prévia e para a licença de instalação da infraestrutura submarina que viabilizará a produção.

“Wahoo é a nossa prioridade e um projeto para o qual estamos preparados há bastante tempo. Além de aumentar nossa produção em até 40 mil barris por dia, sua operação movimentará a economia com empregos e futuramente com a geração de mais de R$4 bilhões de royalties para o Espírito Santo e para a União ao longo de sua vida”, disse o CEO da empresa, Roberto Monteiro.

O campo de Wahoo é o primeiro totalmente desenvolvido pela PRIO. A produção será viabilizada por uma conexão submarina (tieback) de cerca de 30 quilômetros de extensão, ligando Wahoo ao FPSO Frade, que possui uma capacidade de processamento de 100 mil barris de óleo por dia. Adquirido em março de 2021, o campo teve sua comercialidade declarada em dezembro do mesmo ano, após estudos de viabilidade.

De acordo com o diretor de Operações da Prio, Francilmar Fernandes, enquanto inicia os próximos passos de avaliação do estudo de impacto ambiental, a empresa deve realizar adequações no FPSO de Frade para acomodar a nova produção.