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Biomassa gerou 54,4 mil GWh em 2018; 51,3% foram consumidos pelos próprios geradores

Biomassa gerou 54,4 mil GWh em 2018; 51,3% foram consumidos pelos próprios geradores

Os produtos energéticos da biomassa foram responsáveis pela geração de 54,4 mil GWh em 2018, o que representou 9% de toda a energia elétrica produzida no Brasil. Do total da geração, 51,3% foram consumidas pelas próprias atividades que a geraram, e ocorreram, principalmente, pelas indústrias extrativas e de transformação (52 mil GWh).

Considerando o crescimento médio da geração por biomassa no período de 2015 e 2018 o montante foi de 2,9%. Da mesma forma e no mesmo horizonte, 95,7% da geração de eletricidade ocorreu nas indústrias extrativas e de transformação, com um crescimento médio de 3% no período.

Os dados constam no estudo Contas Econômicas Ambientais de Energia Produtos da biomassa: Brasil 2015-2018, divulgado nesta quinta-feira, 9 de dezembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento contou com os esforços da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e apoio da Agência Internacional de Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ GmbH).

Para a geração de energia elétrica em 2018, os dois insumos mais utilizados foram a biomassa da cana (62,2% e essencialmente do bagaço) e a lixívia (27%). Os demais insumos, ficaram abaixo de 5%, sendo eles: lenha (4,7%); outros energéticos da biomassa (2,2%); resíduos sólidos (2%); e biodiesel e gás industrial de carvão vegetal (0,9% cada).

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A pesquisa mostra ainda que a produção nacional dos insumos naturais energéticos da biomassa foi de 91,3 milhões em 2018. Este valor representa cerca de 30% do total da produção nacional primária dos produtos energéticos do Balanço Energético Nacional, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Além disso, de 2015 a 2018, o crescimento médio dos insumos naturais energéticos da biomassa foi de 1,4%. A produção do biodiesel foi a que teve o maior crescimento médio no período (10,7%), seguida pela de lixívia (6,5%) e pela do álcool (3,0%). A lenha também teve aumento (0,9%).

Já a soma do valor de produção desses energéticos totalizou R$ 84 bilhões, correspondendo a 0,7% do valor bruto da produção total da economia para o mesmo ano. O álcool teve o maior peso, com 73,9% do valor bruto da produção.

Em 2018, do uso total de produtos energéticos da biomassa pelas famílias, 61,1% foram de álcool; 33,5%, de lenha; 3%, de eletricidade derivada de produtos energéticos da biomassa; 1,7%, de carvão vegetal; e 0,7%, de biodiesel.

O uso per capita de lenha pelas famílias apresentou um crescimento médio de 3,7% de 2015 para 2018. Já o do álcool caiu 0,8% no período. O álcool é mais usado pelas famílias (80,9%) do que pelas atividades econômicas (19,1%). Com o biodiesel, ocorre o contrário: 96,3% do uso é pelas atividades econômicas

A pesquisa ainda mostra que as famílias utilizam o álcool e o biodiesel para transporte, e a lenha e o carvão para cocção e aquecimento. Dentre esses produtos, o mais utilizado pelas famílias é o álcool, como combustível de automóveis, seguido da lenha, do carvão vegetal e, por último, do biodiesel.