Empresas

Prumo aguarda definição sobre covid-19 para iniciar obras de térmica no Açu

A Prumo Logística prevê iniciar as obras da termelétrica GNA II, no Porto do Açu (RJ), assim que tiver uma definição mais clara do cenário da pandemia de covid-19 e uma decisão junto às autoridades sobre o tema, afirmou o presidente da empresa, Tadeu Fraga, nesta quarta-feira, 9 de dezembro. A expectativa é que as obras comecem em 2021.

“Vamos ter que fazer a desmobilização [das obras da GNA I] e aguardar o momento oportuno e seguro. Estamos interagindo com as autoridades. Queremos começar [a obra da GNA II] o mais breve possível”, disse o executivo, em encontro com jornalistas pela internet. “Estamos colocando como prioridade absoluta a saúde das pessoas”.

Segundo ele, o cronograma do empreendimento será readequado junto aos órgãos reguladores, com base na nova data de início de construção da termelétrica.

Com relação à termelétrica GNA I, localizada no mesmo local, a expectativa é que a usina esteja em operação plena no fim do primeiro semestre de 2021. O empreendimento já está em comissionamento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

Juntas, as duas térmicas terão 3 mil megawatts (MW) de capacidade instalada e, considerando ainda o terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) no local, consumirão investimentos de aproximadamente R$ 9 bilhões.

Os projetos pertencem à Gás Natural Açu (GNA), joint venture entre a Prumo Logística, BP e Siemens. Com relação às duas térmicas, a SPIC Brasil deve concluir até o fim do ano a aquisição de 33% de participação nas usinas.

Com relação ao Porto do Açu, o presidente da Porto do Açu Operações, José Firmo, contou também que a empresa tem interesse no desenvolvimento de fontes renováveis de energia no local. “Estamos vivendo um momento na sociedade em que a discussão sobre sustentabilidade está se transformando em investimento em sustentabilidade”, contou o executivo. “Queremos ter energia renovável no Açu”.

Novo Mercado do Gás

A Prumo também tem acompanhado de perto as discussões sobre o novo mercado de gás. “O novo mercado de gás clama por uma multiplicidade de players e nós queremos, sim, fazer parte do novo mercado de gás como um ator relevante”, destacou Fraga.

A estratégia da empresa é que o Porto do Açu seja um ponto de interligação da malha de gasodutos de escoamento da produção futura de gás no pré-sal e o mercado consumidor.

“Nós do Açu estamos nos posicionando nesse hub de gás, para permitir que o gás seja facilmente conectado e ele possa ser processado nas nossas UPGNs [unidades de processamento de gás natural]”, disse Fraga.

O grupo avalia ainda outros dois setores: fertilizantes e agronegócio. No caso dos fertilizantes, a ideia é que a área do complexo do Porto do Açu possa abrigar plantas de fertilizantes para o atendimento ao setor de agronegócios. Ainda com relação ao agronegócio, em outra frente, a companhia espera estabelecer uma infraestrutura de movimentação de produtos. Para esse projeto, será necessária ainda a viabilização de ferrovias pelo governo.

Matéria bloqueada. Assine para ler!
Escolha uma opção de assinatura.