Autoprodução de energia

Rima aumenta participação em eólicas da Casa dos Ventos

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Parque eólico Ventos do Araripe III | Casa dos Ventos (Divulgação)

A Rima Industrial, empresa de produção e comercialização de ligas à base de silício e magnésio, aumentou sua participação em quatro eólicas, que somam 268,6 MW, da Casa dos Ventos. A parceria nos parques foi firmada em agosto de 2022 e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a compra de uma porção adicional nos projetos nesta terça-feira, 23 de julho.

O contrato, que não teve valores e prazo divulgados, envolve as eólicas Ventos de Santa Leia 01, 03, 05 e 13, instaladas nos municípios de Caiçara do Rio do Vento e Lajes, no Rio Grande do Norte.

Ao órgão antitruste, o grupo Rima informou que a compra adicional representa uma oportunidade de autoproduzir e gerar energia sustentável de forma integrada à sua cadeia produtiva, proporcionando uma fonte de energia limpa para suas atividades.

Já a Casa dos Ventos disse ao Cade que a venda representa uma oportunidade de investimento para expandir outros projetos de produção de energia renovável no Brasil.

Casa dos Ventos e a Rima

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O grupo Rima desenvolve atividades nos segmentos industrial, no qual transforma matérias-primas brutas em matérias-primas processadas; agropecuário, por meio da preservação, seleção e aprimoramento genético de várias raças de equinos e bovinos; e florestal, em que desenvolve ações no sentido de conciliar florestas plantadas com a preservação e proteção dos recursos naturais.

Em relação ao setor de energia, além dos ativos da Casa dos Ventos, a empresa firmou parcerias nos projetos solares Paracatu, de titularidade da Comerc, e Belmonte, de responsabilidade do grupo Cobra, com foco em autoprodução.

Ao conselho, a Rima informou que tem atuado no mercado de comercialização de energia quando é necessário, já que às vezes vende o excedente da energia adquirida para suas operações no Ambiente de Contratação Livre (ACL).

A venda de energia pela Rima integra o programa resposta da demanda, criado em 2017, que teve as regras aprimoradas em outubro de 2022 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), quando se tornou um programa estrutural dentro do cardápio de opções que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) dispõe para a gestão dos recursos energéticos e a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN). 

Por sua vez, a Casa dos Ventos, joint venture formada entre o Salus Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia e a TotalEnergies, tem em seu portfólio projetos greenfield para geração de energia eólica no país, localizados principalmente no Nordeste, e especialmente nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí, Pernambuco, Paraíba e Bahia.

A companhia ainda possui projetos de geração de energia eólica já em operação comercial na Bahia e no Rio Grande do Norte. O grupo também desenvolve atividades relacionadas a comercialização de energia e soluções para o mercado livre.

A Casa dos Ventos é responsável pela RDVE Subholding, subsidiária detentora dos parques da parceria com a Rima. 

Autorização da Equatorial

O Cade aprovou, sem restrições, o acordo de venda de uma linha de transmissão no Pará da Equatorial Energia para a Verene Energia, veículo de investimento do fundo de pensão canadense CDPQ, por até R$ 1,19 bilhão. O acordo foi anunciado pela empresa no início de julho.