Os consumidores dos setores de saneamento básico, serviços e comércio foram os que mais avançaram no consumo de energia no mercado livre nos últimos 12 meses, com 56,7%, 21,8% e 39% respectivamente, conforme boletim da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).
Os volumes estão acima dos divulgados pela entidade em dezembro de 2023, quando o comércio alcançou 19,8% e o saneamento bateu 26,3%. No boletim do período, o segmento de serviços não estava contemplado.
Também houve crescimento no segmento da indústria, que comprou 93% da sua eletricidade no mercado livre de energia em dezembro de 2024, acima dos 90% registrados no mesmo período do ano anterior.
Segundo a associação, em dezembro de 2024, o ambiente alcançou 58,7 mil unidades consumidoras, acima dos 37,4 mil registrados na mesma base de comparação, com um consumo de 29.380 MW médios.
Dados gerais do mercado
No último mês do ano, a energia transacionada no mercado livre alcançou 166.745 MW médios, alta de 27% em relação ao volume transacionado nos 12 meses anteriores. Com 509 comercializados no mercado, sendo 107 associadas, o levantamento diz que 117.178 MW médios foram transacionadas por comercializadoras, o que representou 52% de toda energia transacionada no país.
Cerca de 61% dos consumidores livres compraram energia de comercializadoras, enquanto 71% dos consumidores especiais adquiriram do mercado livre de energia.
Entre as fontes, cerca de 85% vieram de projetos solares, seguido por biomassa (80%), eólica (59%) e PCH (57%).
Preços
O boletim da Abraceel ainda apontou que preço de energia convencional de longo prazo (2026 a 2029) ficou em R$ 143/MWh, enquanto o de curto prazo, que abrange os próximos três meses, esteve em R$ 110/MWh.
O preço de energia incentivada de longo prazo ficou em R$ 176/MWh, já o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), com patamar de carga pesado, para o submercado Sudeste/Centro-Oeste esteve em R$ 93 MW/h.
Mais de 29 % dos contratos no ambiente de contratação livre têm cerca de quatro ou dez anos. Por outro lado, acordos com até seis meses chegam a 6,8%.
Entre os estados, São Paulo possui a maior quantidade de unidades consumidoras no mercado livre de energia (20.848 unidades), seguido por Rio Grande do Sul (6.189), Paraná (5.441), Rio de Janeiro (5.152) e Minas Gerais (4.993).