O primeiro trimestre de 2024 encerrou com o recorde de 5.360 migração para o ambiente de comercialização livre, conforme dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O volume é superior ao total de entrantes no ano de 2022 e um acumulado de 10 mil a mais do que no mesmo período de 2023, a 43.540 mil unidades.
De janeiro a março, os estados do Sudeste e o Sul do país lideram o ranking de migrações ao mercado livre de energia no primeiro trimestre de 2024, com São Paulo ocupando a primeira posição, com 1.731 novos consumidores, seguido pelo Rio de Janeiro (563) e o Rio Grande do Sul (480).
Entre os 15 ramos de atividade acompanhados pela CCEE, destacam-se o comércio, com 1.544 migrações no período, o de serviços, com 1.328, e os de manufaturados diversos, com 642.
Segundo a CCEE, a flexibilização dos critérios de acesso, em janeiro, provocou uma aceleração intensa no ritmo de migrações. Cerca de 72% dos aderentes adotaram a modalidade de varejo, ou seja, passaram a ser representados por um comercializador varejista.
“A CCEE tem atuado junto aos seus agentes, empresas do setor e demais instituições para garantir que os processos de migração sejam cada vez mais rápidos, transparentes e previsíveis. Também flexibilizou seus processos internos para dar mais tempo às comercializadoras e distribuidoras para viabilizarem a admissão dos interessados no ambiente dentro dos prazos desejados”, contou a Câmara.
Atualmente, o mercado livre representa 38% do consumo total de energia elétrica do Brasil, e deve continuar a crescer nos próximos meses. Dados registrados na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) indicam que cerca de 19,3 mil consumidores informaram às distribuidoras sobre o desejo de migrar para o ambiente ao longo do ano de 2024, além de 650 pedidos para 2025.