O cenário de fusões e aquisições esteve bastante aquecido no primeiro trimestre de 2024, com aumento de 57% no número de transações divulgadas publicamente em comparação com o mesmo período do ano passado, mais do que o dobro do registrado em 2022. O dado consta no mais recente Boletim M&A produzido pela Greener.
De janeiro a março, a Greener mapeou 11 transações divulgadas publicamente, sendo cinco operações de compra e venda de empresas da cadeia solar fotovoltaica e seis aquisições de portfólios com usinas de geração distribuída e centralizada.
Entre os ativos, 76 usinas fotovoltaicas foram negociadas, somando 1,3 GWp de potência e um valor estimado em R$ 1,14 bilhão. Do total, 80% das empresas investidas são gestoras de energia, segmento que vem crescendo no mercado.
“Ao englobar a gestão de ativos e de consumidores, este segmento se mostra promissor em virtude da abertura do mercado livre de energia e do avanço da geração compartilhada”, afirma Marcio Takata, CEO da Greener.
Com o resultado dos três primeiros meses, a expectativa da consultoria é que 2024 pode superar o número de transações mapeadas em 2023, que por sua vez foi 26% maior em relação ao ano anterior.
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A expectativa da Grenner leva em consideração que nos últimos três anos foram transacionados 63 ativos, sendo que 51% do total de operações ocorreu nos três últimos trimestres. “Esses números refletem um mercado aquecido e cenários otimistas de investimentos na cadeia solar fotovoltaica para os próximos períodos”, diz trecho do boletim.
Outros dados
Das 76 usinas mapeadas, 23 estão operacionais, 33 em construção, e 20 ainda não tiveram suas obras iniciadas. Do total de potência, 1,13 GW vem das usinas de geração centralizada e o restante da geração distribuída.
O boletim ainda destaca que 66% dos projetos estão localizados no estado de Minas Gerais, 14% em São Paulo, e o restante dividido entre Bahia e Mato Grosso do Sul.
