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Shell investe em centro de pesquisa para descarbonizar setor offshore em São Paulo

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a Universidade de São Paulo (USP) e a Shell Brasil lançaram nesta semana um Centro de Inovação em Tecnologia Offshore (OTIC, na sigla em inglês) para estudar a exploração sustentável e eficiente de recursos no setor de óleo e gás.

Shell pecten flag, 2016
Shell pecten flag, 2016

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a Universidade de São Paulo (USP) e a Shell Brasil lançaram nesta semana um Centro de Inovação em Tecnologia Offshore (OTIC, na sigla em inglês) para estudar a exploração sustentável e eficiente de recursos no setor de óleo e gás.

O centro receberá um investimento total de R$ 163 milhões ao longo de cinco anos pelas entidades. Do valor, R$ 49 milhões serão investidos pela Shell Brasil, através da cláusula de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Com cerca de 250 pesquisadores envolvidos no projeto, o OTIC iniciará as atividades com um portfólio de 24 projetos de pesquisa e desenvolvimento financiados pela Shell Brasil e pela Fapesp. O centro é formado por cinco programas técnicos que se interconectam: Novos Processos e Operações, Energia de Baixo Carbono, Novos Materiais e Nanotecnologia, Segurança das Pessoas, do Meio Ambiente e Economia Circular e Transformação Digital.

“O programa de Novos Materiais & Nanotecnologia ficou sob a responsabilidade do IPT pelo reconhecimento dos idealizadores do OTIC da capacidade da instituição no desenvolvimento e caracterização de materiais. O Instituto possui atualmente uma infraestrutura e corpo técnico inquestionáveis para o desafio de desenvolver materiais sustentáveis: a Unidade de Materiais Avançados, juntamente com a Unidade de Bionanomanufatura, já desenvolveram vários projetos conjuntos de grande impacto – patenteados, testados e aprovados – para o setor de O&G”, destacou a pesquisadora do Laboratório de Corrosão e Proteção do IPT, Zehbour Panossian.

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Segundo o Marco Antonio Zago, presidente da Fapesp, o OTIC deve se beneficiar do conhecimento gerado no Brasil, especialmente nos centros de pesquisa das universidades brasileiras, para propor soluções viáveis técnica e economicamente aos desafios da indústria de óleo e gás.

Para Gustavo Assi, professor da USP e vice-diretor científico do projeto, o centro pode aproximar a indústria, o governo e a academia para gerar conhecimento científico e tecnológico para descarbonizar o setor offshore e prover uma operação mais segura e eficiente tanto para as pessoas quanto para o meio ambiente.

“Esse é um movimento imperativo para o mundo, e a jornada para a transformação da indústria offshore deve ser feita com planejamento, de forma segura, acessível e sustentável, de modo a diversificar e expandir as fontes de energia disponíveis. Nosso investimento dá início a um portfólio de projetos de pesquisa voltados para a descarbonização da indústria e a otimização das operações, contribuindo para o futuro da indústria offshore”, disse Olivier Wambersie, gerente-geral de Tecnologia e Inovação da Shell Brasil.