
A Shell anunciou nesta sexta-feira, 21 de março, ter tomado decisão final de investir no projeto Gato do Mato, localizado no pré-sal da Bacia de Santos. O plano de desenvolvimento inclui a instalação de um navio flutuante de produção, armazenamento e descarga (FPSO), projetado para produzir até 120 mil barris de petróleo por dia e com expectativa de operação em 2029.
Segundo a Shell, os volumes atuais estimados de recursos recuperáveis do desenvolvimento do ativo são de aproximadamente 370 milhões de barris.
“O Gato do Mato é um exemplo do nosso investimento contínuo em projetos cada vez mais eficientes. O projeto contribui para manter a produção estável de líquidos de nosso negócio upstream e expande nossa liderança como o maior produtor estrangeiro no Brasil, à medida que continuamos trabalhando para atender às necessidades mundiais de energia no futuro”, disse Zoë Yujnovich, diretora de gás e upstream da Shell.
O campo Gato do Mato
No final de 2023, a Shell havia informado que iria tomar a decisão final de investimento sobre Gato do Mato até o primeiro trimestre de 2025. O projeto teve seu desenvolvimento reavaliado em 2022, diante de altos custos da cadeia de suprimentos.
O Gato do Mato é composto por um consórcio, divido entre Shell, com 50% de participação, Ecopetrol (30%) e TotalEnergies (20%).
O ativo é formado por dois blocos contíguos: o BM-S-54, contrato de concessão celebrado em 2005, e o Sul de Gato do Mato, contrato de partilha de produção obtido em 2017. Os blocos estão na costa do Rio de Janeiro, em profundidades que variam de 1.750 a 2.050 metros.
De acordo com a Shell, as operações iniciais envolverão a reinjeção de gás natural para suporte de pressão do reservatório, com opção futura de exportar gás para instalações em terra.