O grupo chinês State Grid obteve licença prévia do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) do projeto de transmissão bipolo Graça Aranha-Silvânia, projeto arrematado em 2023 e que contará com R$ 18 bilhões em investimentos, com conclusão prevista para 2029.
O projeto engloba a construção de uma linha de transmissão em corrente contínua em ultra alta tensão (800 kV), com 1.468 km — entre as cidades de Graça Aranha (Maranhão) e Silvânia (Goiás), passando por Tocantins—, duas estações conversoras e unidades de apoio em corrente alternada, com capacidade de transmissão de 5 milhões de kW. Em junho deste ano, a empresa anunciou que havia iniciado a construção do empreendimento por meio das obras da subestação conversora Silvânia.
Conhecida pela sigla da subsidiária que fará sua gestão, a Graça Aranha Transmissora de Energia (Gate), a linha é considerada crucial para melhorar a segurança e estabilidade da rede elétrica brasileira ao mesmo em que ajudará a aumentar a capacidade de interligação entre o Nordeste e o Sudeste/Centro-Oeste.
Segundo a State Grid, o ativo atenderá à demanda de, aproximadamente, 12 milhões de pessoas, em diversos pontos do Centro-Oeste, incluindo Brasília.
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Licença do Ibama
O órgão ambiental, responsável pela condução do licenciamento da obra, realizou cinco audiências públicas sobre o empreendimento em 2024, para debate sobre o projeto e seus impactos ambientais com a população afetada. Também foram realizadas vistorias de campo pela equipe técnica do Ibama e elaborado um parecer técnico.
A State Grid deverá atender às condicionantes da licença prévia emitida e solicitar, ao Ibama, a licença de instalação — etapa em que serão discutidos os detalhes do traçado do empreendimento e as medidas preventivas, mitigadoras e compensatórias, a fim de se autorizar o início das obras.
“Quando concluída, a linha de transmissão Graça Aranha – Silvânia se tornará uma iniciativa estratégica para o escoamento de energia eólica e solar excedente do Nordeste, podendo contribuir significativamente para o equilíbrio energético nacional”, disse a diretora de Licenciamento Ambiental do Ibama, Claudia Barros.
