A Suno Asset, gestora de recursos do Grupo Suno, informou que alocou R$ 50 milhões levantados com investidores por meio do SNEL11, fundo imobiliário com investimentos em energia limpa. Para assegurar a expertise técnica dos projetos, a Suno fortaleceu sua equipe técnica, contratou profissionais especializados em geração solar, e também buscou o apoio do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), que contribuiu com conhecimento do setor e tem participação no fundo.
Com os recursos, a Suno adquiriu terrenos localizados nos municípios de Amontada (Ceará), Petrolina (Pernambuco) e João Pinheiro (Minas Gerais) para instalação painéis solares fotovoltaicos, que serão responsáveis pela geração de cerca de 13,2 MW. As obras já começaram e têm término previsto para dezembro deste ano.
Na cidade mineira, o projeto inclui duas usinas solares com potência instalada de inversores de 3,4 MW. Para conexão do sistema e distribuição de energia, o empreendimento contará com a rede da Cemig.
Em Petrolina, serão quatro usinas solares com potência instalada de 1,3 MW cada, com apoio da Celpe para conexão do sistema de geração de energia elétrica. Já em Amontada, o fundo realizará a construção de uma usina com potência de 1,2 MW, utilizando rede da Enel Ceará para distribuição.
De acordo com a gestora, a escolha dos estados foi estratégica, já que Minas conta com uma matriz energética desenvolvido e tem potencial para gerar energia solar. Já Ceará e Pernambuco se destacam por oferecerem condições climáticas e geográficas favoráveis para instalação de usinas.
“Desde os estudos preliminares para a viabilização do fundo, tivemos a preocupação em deixá-lo sustentável em todo o processo, por isso, os terrenos adquiridos pela Suno ficam próximos aos locais onde a energia será distribuída e, por fim, consumida”, afirma Rafael Menezes, especialista em projetos solares e responsável técnico do fundo.
Esta proximidade, segundo Menezes, deve evitar perdas energéticas e postergar gastos em linhas de transmissão, trazendo benefícios relevantes para o sistema na totalidade e ajudando a reduzir os custos de gerenciamento.
A Suno projeta que nos primeiros 11 anos do fundo, o retorno médio será de 25% ao ano. Os terrenos são arrendados por 25 anos, e depois desse período as plantas solares passarão a pertencer à Suno. A gestora avalia diversificar investimentos e incluir outras fontes nos possíveis investimentos futuros, como eólica e biogás.