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Taesa tem crescimento no lucro do 2º trimestre e apetite “disciplinado” para novos leilões

A Taesa tem interesse em participar dos leilões de transmissão previstos para dezembro de 2023 e de março de 2024, para os quais já há “certa visibilidade dos lotes e características”, e que devem contratar cerca de R$ 35 bilhões em novos investimentos. A companhia, contudo, será rígida em relação à disciplina financeira e à alocação correta de recursos. “Não participamos de leilão para ganhar lote, participamos de leilão para gerar valor e rentabilidade aos acionistas”, disse Fábio Fernandes, diretor de Negócios e Gestão de Participações da companhia, durante teleconferência sobre os resultados da Taesa no segundo trimestre do ano.

Taesa tem crescimento no lucro do 2º trimestre e apetite “disciplinado” para novos leilões

A Taesa tem interesse em participar dos leilões de transmissão previstos para dezembro de 2023 e de março de 2024, para os quais já há “certa visibilidade dos lotes e características”, e que devem contratar cerca de R$ 35 bilhões em novos investimentos.

A companhia, contudo, será rígida em relação à disciplina financeira e à alocação correta de recursos. “Não participamos de leilão para ganhar lote, participamos de leilão para gerar valor e rentabilidade aos acionistas”, disse Fábio Fernandes, diretor de Negócios e Gestão de Participações da companhia, durante teleconferência sobre os resultados da Taesa no segundo trimestre do ano.

Durante a teleconferência, Fernandes ressaltou a experiência da Taesa em ativos de transmissão em corrente contínua, o que deve contribuir com o desempenho da companhia no leilão de dezembro, que vai envolver um bipolo do tipo, em um lote que sozinho envolve mais de R$ 18 bilhões em investimentos.

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Resultados

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A Taesa teve lucro líquido regulatório de R$ 246,4 milhões no trimestre, crescimento de 73,9% na comparação anual, refletindo, principalmente, o início da operação de empreendimentos de transmissão desde o ano passado.

A receita líquida regulatória caiu 19,9% no trimestre, a R$ 678,6 milhões. O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) regulatório cresceu 15,1%, a R$ 534,9 milhões.

O resultado regulatório é considerado pelas empresas de transmissão e pelos analistas de mercado como mais aderente ao retrato financeiro atual do segmento. Nesse tipo de contabilização, a receita representa os recebimentos da companhia, refletindo no seu fluxo de caixa, e os investimentos são reconhecidos no balanço patrimonial como ativo imobilizado.

No regulatório, a receita reflete a receita anual permitida (RAP) registrada conforme o faturamento, no prazo da concessão. O início da operação de Saíra injetou R$ 121 milhões em RAP. Na teleconferência com acionistas, a Taesa destacou que o empreendimento entrou em operação apenas três meses após o leilão, nove meses antes do previsto em edital.

A previsão de RAP para o próximo ciclo 2023-2024 é de crescimento de 4,1%, equivalente a R$ 141 milhões em receita, atingindo o montante de R$ 3,7 bilhões. Boa parte deste desempenho se deve à operação em Saíra. Considerando também os empreendimentos em construção, a empresa declara mais de R$ 4 bilhões em RAP contratada.

As transmissoras também reportam os resultados financeiros de acordo com as regras internacionais, conhecidas pela sigla em inglês IFRS. Nessa contabilização, os investimentos são reconhecidos no balanço patrimonial como ativo financeiro. A distribuição de proventos aos acionistas leva em conta o IFRS.

O lucro regulatório IFRS cresceu 73,9% no trimestre, a R$ 246,4 milhões. A receita líquida IFRS, por sua vez, caiu 42,7% no trimestre, a R$ 839,2 milhões.

A Taesa declarou redução de 0,85% no nível de endividamento em relação ao primeiro trimestre de 2023, a R$ 10,2 bilhões somando vencimentos até 2044. A alavancagem também caiu 5,13% na razão entre a dívida líquida da companhia e o EBITDA Regulatório. O fluxo de caixa fechou o trimestre com 1,56 bilhões.

Segundo o diretor Financeiro, Rinaldo Pecchio Jr., a alavancagem reflete o estágio atual da companhia, que apresenta fundamentos muito bons para geração de caixa e passa por um momento de expansão, com leilões que foram arrematados e precisam ser implementados, juntamente com a política de dividendos.