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Taesa vê mercado secundário aquecido e avalia crescer com aquisições e leilões

Taesa vê mercado secundário aquecido e avalia crescer com aquisições e leilões

A Taesa vê o mercado secundário de projetos aquecido, e segue buscando alternativas de crescimento via aquisições ao mesmo tempo em que se prepara para os próximos leilões, disse André Moreira, presidente da companhia, em teleconferência sobre os resultados do terceiro trimestre

“O mercado secundário está relativamente aquecido e temos avaliado tudo que é possível”, disse o executivo, completando que a equipe de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) da companhia está “muito ocupada”. Ele assegurou ainda que os negócios só serão concretizados se os retornos forem atrativos para remunerar seus investimentos.

O plano ambicioso de crescimento é uma das alternativas da companhia diante do fim de algumas de suas concessões, a partir de 2030. “Estamos nos preparando para tomar as medidas necessárias, estudar e acompanhar de perto os primeiros vencimentos”, disse Moreira. Entre 2026 e 2027, contratos de concessão de outras transmissoras já começam a vencer, e a Taesa vai acompanhar para avaliar como o processo será, se os ativos serão relicitados ou renovados, e quais as condições disso.

Além disso, a Taesa também segue discutindo o descruzamento de ativos nos quais compartilha o controle com parceiros. “Gostaríamos de continuar aprofundando isso para termos 100% da gestão dos ativos, com eficiência maior na gestão”, disse Moreira.

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Questionado sobre os planos da Cemig de venda da sua participação no controle da companhia, anunciada no início do ano, Moreira disse que não pode falar pelo acionista, uma vez que a empresa não tem influencia nesse tipo de decisão. “Mas nada muda no nosso planejamento estratégico, no dia a dia”, disse.

Dividendos

O diretor financeiro da Taesa, Erik Breyer, destacou na teleconferência que a companhia continuará sendo uma forte pagadora de dividendos, sempre em função do caixa e da alavancagem registrada. 

Questionado sobre os efeitos da inflação sobre o resultado financeiro da companhia, Breyer disse que, mesmo se a situação de IPCA e IGP-M alto prevalecer, os efeitos para a Taesa, no fim, são positivos.

Isso porque, ao mesmo tempo em que a inflação afeta o resultado financeiro, ao encarecer o custo da dívida, a receita da transmissora é reajustada pela inflação anualmente, e de forma acumulada. 

“Não é algo que eu espero, mas a estabilidade do nível elevado de inflação, se acontecer, é favorável para a Taesa. A despesa financeira aumenta, mas menos que a receita, que sempre terá impacto maior”, explicou.

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