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Termo Norte avança em usina que pode ter benefício de ‘jabutis’ da eólica offshore

Térmica a gás natural. Projeto da UTE Brasília, da Termo Norte, avança mesmo com vetos aos 'jabutis' do PL das eólicas offshore
Térmica a gás natural. Projeto da UTE Brasília, da Termo Norte, avança mesmo com vetos aos 'jabutis' do PL das eólicas offshore

A Termo Norte, que tem entre seus sócios o empresário Carlos Suarez, avança com o projeto da UTE Brasília, movida a gás natural com capacidade de 1.470 MW a ser instalada no Distrito Federal, na Região Administrativa de Samambaia – área que faz parte da concessão da distribuidora Cebgás, que também está entre os negócios de Suarez.

A Termo Norte marcou para 12 de março a audiência pública para o projeto. O evento foi, inicialmente, divulgado com a data errada nos canais da Termo Norte, o que levou o Instituto Arayara a protocolar notificação junto ao Ibama.

O empreendimento deve usar como combustível o gás natural, em uma região que ainda não tem gasodutos. O projeto prevê a construção do gasoduto Brasil Central, da transportadora TGBC, que também faz parte dos negócios de Suarez.

A térmica seria beneficiada pelos ‘jabutis’ do projeto de lei (PL) 576/2021, que criava o marco legal para exploração das usinas eólicas offshore e que acabou incluindo incentivos às usinas que constavam na lei da privatização da Eletrobras (lei nº 14.182/2021).

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Entretanto, tais incentivos receberam vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sanção presidencial da lei do marco legal das eólicas offshore (lei nº 15.097/2025). O Congresso, que retornou do recesso em fevereiro, pode derrubar os vetos presidenciais.

A possibilidade de derrubada já movimenta Brasília, que recebeu comitiva de lideranças gaúchas pela manutenção dos incentivos ao carvão mineral. Por outro lado, instituições como o Instituto Arayara também se mobilizam pela manutenção dos vetos.