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Transferência da Emae para fundo de Nelson Tanure é aprovada pelo Cade

O aval foi publicado nesta segunda-feira, 9 de setembro, em despacho do Diário Oficial da União.

Emae divulgação
Emae divulgação

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a transferência do controle societário da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) para a empresa Phoenix Água e Energia, subsidiária do FIP Phoenix. O aval foi publicado nesta segunda-feira, 9 de setembro, em despacho do Diário Oficial da União.

Ao Cade, o Phoenix FIP disse que a operação é uma oportunidade de investimento. Já para os vendedores, governo do estado de São Paulo e a Companhia do Metropolitano de São Paulo, destacam que a operação visa promover mais eficiência e economia ao estado, que vem priorizando operar em segmentos de maior escassez de infraestrutura. 

A Emae foi arrematada pelo Phoenix FIP no leilão de privatização realizado em abril deste ano, ao oferecer um preço por ação de R$ 70,65, ágio de 33,68% em relação ao preço mínimo do edital, de R$ 52,85 por ação. O fundo é formado por vários investidores brasileiros, sendo um dos principais o empresário Nelson Tanure, sócio majoritário da empresa de energia Light.

Com o aval do Conselho, a estrutura societária da Emae será formada pelo FIP Phoenix, com 29,9% a 39,9%, pela Eletrobras, com 39%, empregados, com até 10% e outros acionistas, com 21%.

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A oscilação na participação do fundo é devido à obrigação de uma porcentagem para os empregados da companhia, conforme estava previsto no edital do leilão de desestatização.  Caso as ações não sejam adquiridas pelos funcionários, o Phoenix poderá adquirir e aumentar sua participação na empresa.

A empresa

Criada em 1998, a Emae opera cinco usinas, que somam 960,8 MW de potência, sendo a maior dela da hidrelétrica centenária de Henry Borden, de 889 MW de potência, e cuja concessão vence em 2043. A usina está enquadrada no regime de cotas, instituída pela Lei 12.783/2013.

Também são de titularidade da Emae as usinas Pirapora, Porto Góes e Rasgão, e a operação do serviço de travessia da represa Billings e do canal do rio Pinheiros, em São Paulo.

Em 2023, a empresa contabilizou lucro líquido de R$ 150,5 milhões, um crescimento de 121,2% frente ao registrado no ano anterior. Já a energia gerada pela companhia subiu 89,6%, chegando aos 1.663 MWh