A Cemig está apostando em projetos de usinas solares flutuantes de geração distribuída nos reservatórios de suas hidrelétricas para constituir complexos de geração associada. Em fase mais avançada, a empresa aponta os projetos nas hidrelétricas de Três Marias e Emborcação.
Três Marias, inclusive, conta com parecer de acesso viável dado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). A planta flutuante de GD ocupará 0,01% do reservatório, com capacidade de 78 MWp tem a expectativa de entrada em operação em 2026. Outras soluções integradas são as das usinas Nova Ponte e Irapé.
No entanto, já possuem outorgas emitidas para a UFV Emborcação, em Araguari, o início da operação também está visto para 2026, com 157 MWp, enquanto a Cajuru, com 39 MWp, está prevista para 2025.
O portfólio atual de investimentos em geração da Cemig está em 15,85 GW de capacidade instalada e considera, como destaque, entre 2025 e 2026, investimentos em GD e GD solar flutuante; entre 2026 e 2028 em eólica onshore, e a partir de 2033, 4,5 GW em projetos eólicos offshore.
Segundo Tadeu Carneiro da Silva, diretor da Cemig GT, a geração distribuída nos reservatórios, de forma associada, não traz aumento de Contrato de Uso do Sistema de Transmissão (Cust), aproveitando a complementariedade das fontes em um único sistema de transmissão e subestação, demandando apenas as suas respectivas ampliações.
“O benefício é que você não tem aumento de Cust e consegue maximizar o ganho da Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão (Tust), se aproximando dos 50% [de desconto no fio]”, disse o diretor de GT.
Carneiro ainda apontou a praticidade com a limpeza e sua manutenção dos painéis, já que estarão nos reservatórios.
Além das usinas de geração distribuída, a empresa vê a possibilidade de explorar o mercado de capacidade, com a instalação de máquinas em hidrelétricas, além do hidrogênio verde, voltado para os produtos como amônia e fertilizantes.
Para renovação das outorgas das usinas, a Cemig já realizou o pedido para a usina de Sá do Carvalho, em fevereiro, e para Emborcação, em setembro, e nova Ponte, em novembro. A estratégia será a de alienas 51% do controle das usinas.
Transmissão
A empresa prevê entrar no leilão de transmissão de junho, disputando lotes em Minas Gerais e sem parcerias. Sobre gargalos, a Cemig disse estar monitorando o mercado, e que ainda não vê esse problema para o próximo certame.
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