A BR Distribuidora realizou nesta sexta-feira, 2 de julho, a formalização da oferta subsequente de ações – follow on – da venda da totalidade da participação que era detida pela Petrobras. Foram ofertadas pouco mais de 436 milhões de ações, que correspondem à totalidade da participação detida pela estatal de 37,5%, num transação de mais de R$ 11 bilhões.
“Essa é uma operação muito grande, muita gente investiu, uma perspectiva, história daqui para frente, de criação de valor, de avanço na dita transição energética, na modernização da nossa rede, e nós somos muito orgulhosos. Tivemos, mais de 160 ofertas, cerca de um terço do montante de recursos de follow on no Brasil essa semana”, disse Wilson Ferreira Júnior, presidente da BR Distribuidora.
Segundo ele, a estratégia de privatização da BR por meio do mercado de capitais é pioneira, a primeira da B3 em 130 anos, e que foi realizada em menos de quatro anos, com três operações, e deverá ser sucedida por uma série de transações semelhantes no mercado.
“Os países que optaram em fazer privatizações pelo mercado de capitais, e existem vários estudos, são os países que na sequência crescem mais que os outros, justamente pela vantagem ao acesso que essas empresas têm ao mercado de capitais”, disse reforçando o dia histórico para o mercado.
Com a operação a BR Distribuidora consolida a sua condição de corporation e abre caminho para seguir como uma companhia privada de alto desempenho.
Ainda para o presidente da BR, outro ponto fundamental, é o sinal de confiança na operação, como contraponto aos resultados da companhia no último trimestre. “Nós estamos com dinheiro compartilhado, pulverizado. Hoje são mais dois mil acionistas institucionais e mais de 60 mil acionistas individuais. Temos que respeitar quem acredita no que a gente promete”, concluiu o Wilson Ferreira.
Segundo Rogério Santana, diretor de Relacionamento com Investidores da B3, o mercado de capitais tem sido muito ativo nos últimos anos. Em 2021, foram 45 transações, das quais, 28 de follow on e 17 de oferta pública inicial de ações (IPOs), o que resultou em R$ 88 bilhões. Só a operação da BR Distribuidora responde por um terço desse valor.
“É um marco no mercado brasileiro. A maior transação neste ano e dos últimos anos”, disse Santana. Também falou no evento Rodrigo Araújo Alves, CFO da Petrobras, ressaltando a operação bem-sucedida iniciada em 2017, chegando à redução da participação da estatal em 2019, deixando de ser controladora da distribuidora, e que está alinhada ao planejamento estratégico, com retorno do capital empregado e de valor.
