Aumentar os preços das turbinas eólicas é uma necessidade da cadeia de produção, diante das pressões inflacionárias, defendeu dinamarquesa Vestas.
“Nosso foco em proteger o valor de nossos produtos e soluções exige grande disciplina para lidar com o aumento dos custos das matérias-primas e dos componentes, em diálogo com os clientes”, disse a companhia, em relatório com os resultados preliminares de 2021, que foram afetados por esses eventos.
A receita da fabricante de turbinas eólicas somou 15,6 bilhões de euros em 2021, aumento de 5,4% em relação à receita de 2020. O resultado ficou dentro do faturamento projetado para o ano, que iria de 15,5 bilhões de euros a 16,5 bilhões de euros.
A margem Ebit (sigla em inglês para resultado antes de juros e impostos) ficou em 3%, abaixo do guidance, que indicava uma margem de 4%.
Segundo a companhia, no longo prazo, o crescimento dos contratos de compra de energia (PPAs, na sigla em inglês) e dos preços de energia apresentam uma oportunidade para que seus clientes – os geradores – acelerem investimentos em energia renovável.
Como resultado dessas perspectivas favoráveis no longo prazo, a Vestas terminou 2021 com 13,9 GW em pedidos na carteira, com o preço médio de 0,83 milhão de euros por MW. Em 2020, o preço médio foi de 0,74 milhão de euros por MW, e a companhia tinha 17,2 GW em na carteira de pedidos.
Em 2022, a companhia aponta que a instabilidade na cadeia de produção causada pela pandemia, que levou a aumentos nos custos de transporte e logística, deve continuar afetando a indústria eólica. A Vestas espera também continuar sofrendo com o impacto do aumento dos custos das matérias-primas, componentes das turbinas e aumento dos preços da energia.
Com base nessas premissas, a companhia espera ter uma receita de 15 bilhões de euros a 16,5 bilhões de euros neste ano. A margem Ebit deve ficar entre 0% e 4%, e os investimentos totais devem somar 1 bilhão de euros.