A Vestas encerrou o ano de 2024 com lucro líquido de 494 milhões de euros, 6,3 vezes superior ao lucro de 78 milhões de euros de 2023, mantendo a trajetória de recuperação após prejuízo bilionário registrado em 2022. No último ano, as receitas aumentaram 12%, a 17,3 bilhões de euros e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos e amortização) de 1,6 bilhão de euros, com avanço de 52,2% em relação a 2023.
Considerando o quatro trimestre de 2024, o lucro líquido foi de 598 milhões de euros, contra 149 milhões de euros no mesmo período de 2023. As receitas atingiram 6,14 milhões de euros, com aumento de 29% na base anual.
A empresa avalia que o desempenho foi positivo, apesar da incerteza geopolítica e do desempenho abaixo do esperado na divisão de serviços.
“A Vestas continuou sua trajetória positiva em 2024, embora o ano não tenha evoluído como esperávamos. Em um nível macro, a incerteza geopolítica continuou a causar perturbações para sociedades e negócios, incluindo o nosso. Em um nível operacional, a Vestas não teve o desempenho esperado em certas áreas, mas por meio de forte execução e progresso em outras, estamos satisfeitos por termos alcançado nossa perspectiva para o ano e sustentado nossa liderança no setor. Mais uma vez, a Vestas encerra o ano mais forte do que entrou”, diz comunicado do presidente e CEO da empresa, Henrik Andersen, e do presidente do Conselho de Diretores, Anders Runevad, no relatório anual da companhia.
Na área de Serviços, a Vestas identificou como principais desafios o aumento de custos em função da inflação e ineficiências operacionais, com consequentes reflexos na qualidade. A companhia implementou um plano de recuperação para enfrentar estes problemas.
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Nesta divisão, a Vestas registrou receitas de 3,7 bilhões de euros em 2024, contra 3,6 bilhões de euros em 2023. A capacidade sob serviço ficou em 155 GW em 2024, ante 149 GW em 2023, e a receita estimada para encomendas (backlog) foi de 36,8 bilhões de euros em 2024, aumento de 7,9% em relação a 2023.
“Embora 2024 tenha sido um ano decepcionante para o nosso negócio de Serviços, a divisão continua altamente lucrativa e uma pedra angular da nossa presente e futura proposta de valor para os clientes”, dizem os executivos Henrik Andersen e Anders Runevad no relatório da Vestas.
A divisão de equipamentos onshore fechou 2024 com receita de 11,8 bilhões de euros, com avanço de 10,3% em relação a 2023. A área offshore cresceu 6,3% em receita, a 11,8 bilhões de euros. Nos indicadores operacionais, a área Onshore teve 11,5 GW em entregas, com leve redução em relação aos 11,7 GW entregues em 2023. No Offshore, as entregas aumentaram de 1 GW em 2023 para 1,4 GW em 2024.
“Nosso progresso em 2024 foi impulsionado por nosso foco contínuo privilegiando o valor sobre o volume e pela execução aprimorada em meio à incerteza geopolítica que deve causar perturbações para sociedades e empresas nos próximos anos. Nesse ambiente, a energia eólica desempenha um papel fundamental para construir um sistema de energia acessível, seguro e sustentável”, declara o presidente da empresa, Henrik Andersen, em nota.
No Brasil, em 2024, as receitas da Vestas alcançaram 1,74 bilhão de euros, contra 1,49 bilhão em 2023. A empresa entregou 1,88 GW em equipamentos no último ano, um aumento de 15% em relação a 2023. Foi o segundo maior volume entregas no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, onde houve 2,29 GW em equipamentos em 2024, com avanço de 10,5% em um ano.
Para 2025, globalmente, a Vestas espera alcançar receita entre 18 bilhões de euros e 20 bilhões de euros, com margem Ebit entre 4% e 7%. Os investimentos devem chegar a 1,2 bilhão de euros neste ano.
