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Vestas sofre impacto nos EUA e pedidos de turbinas eólicas caem 44%

Vestas / Crédito: Tauan Alencar (MME)
Vestas / Crédito: Tauan Alencar (MME)

O volume de pedidos de turbinas eólicas da Vestas caiu 44% no segundo trimestre deste ano em relação à mesma etapa do ano anterior, a 2.009 MW. A redução vai na contramão do crescimento de 14% na receita da empresa para etapa e é atribuída principalmente pela falta de encomendas nos principais mercados atendidos pela companhia, incluindo os Estados Unidos, onde os clientes aguardavam “maior clareza” nas definições de políticas públicas. 

Apesar desse resultado, a empresa espera um terceiro trimestre melhor no número de pedidos após vários anúncios, inclusive nos Estados Unidos.  

“No trimestre, tivemos um bom ritmo de pedidos na região EMEA [sigla para Europa, Oriente Médio e África], mas a incerteza política afetou mercados-chave. A Vestas continua trabalhando com clientes, parceiros e governos para enfrentar os desafios do mercado e ajudar a construir sistemas de energia acessíveis, seguros e sustentáveis”, disse Henrik Andersen, presidente do grupo.  

Vestas no 2T2025 

O preço médio de venda do segundo trimestre do ano caiu para 1,11 milhão de euros por MW, abaixo dos 1,24 milhão de euros por MW no mesmo trimestre do ano anterior. A queda é justifica pela diferença no mix da carteira de pedidos entre os períodos. 

A Vestas somou uma receita de 3,745 bilhões de euros no período. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou 57 milhões de euros, resultando em uma margem Ebitda de 1,5%, em comparação com o segundo trimestre de 2024. 

Os contratos de serviço fecharam o trimestre com uma receita contratual prevista de 35,9 bilhões de euros. Desta forma, a carteira combinada de pedidos de turbinas eólicas e contratos de serviço atingiu 67,3 bilhões de euros, aumento de 4,3 bilhões de euros em relação ao mesmo período do ano anterior.