A joint venture formada entre a Vibra com a Copersucar deve estar operacional até o início de julho e com potencial para ser a maior comercializadora de etanol do Brasil. A expectativa foi compartilhada pela empresa durante teleconferência de resultados com analistas, nesta terça-feira, 17 de maio.
“Já há uma garantia que essa plataforma nasce com 60% de seu volume da Copersucar e Vibra, mas virá 60% a mais de outros fornecedores, e vai gerar uma competição maior”, disse o presidente da Vibra, Wilson Ferreira Júnior, destacando que a plataforma vai criar valor por meio competitividade e estímulo para a participação de vários operadores.
Como 100% da comercialização de etanol das empresas passaria a ser operada pela joint venture, a expectativa é alcançar um volume de 9 milhões de m3 ano. Isso seria possível pela alavancagem das sinergias entre as empresas, com ganho de sazonalidade, além de otimização logística e maior liquidez na compra de maiores volumes.
Para André Natal, CFO da Vibra, a plataforma permite uma escala de trading muito maior, com mais eficiência e por meio das sinergias. “[A JV] Vai acessar usinas de outros players, as transações entre partes relacionadas será dada em bases de mercado. Essa trading vai ter volume e inteligência maiores, e informações mais assertivas que nos capacitarão a fazer mais e melhor”.
Volatilidade
A volatilidade dos mercados nacional e internacional, seja pelo preço do barril do petróleo tipo brent, câmbio, e desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia, fez com que a Vibra adotasse uma posição de cautela no primeiro trimestre, com o objetivo de preservar liquidez da companhia e caixa, e que deve acontecer durante esse trimestre.
“Esperando para ver e preservando caixa para enfrentar um possível período mais turbulento”, explicou Natal, relembrando que essa foi a mesma política adotada pela companhia durante a pandemia da covid-19, com a incerteza de quando terminaria o período de maior restrição.