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WEG não descarta renegociar contratos em casos de 'variações extremas' de preços de insumos

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A WEG não descarta renegociar contratos com clientes em casos de “variações extremas” dos preços dos insumos, principalmente as matérias-primas metálicas, disse André Rodrigues, diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, em teleconferência sobre os resultados do segundo trimestre do ano.

Segundo o executivo, os custos das matérias-primas vêm subindo desde o segundo semestre do ano passado, como resultado das altas de preços de commodities metálicas e também do câmbio, no caso do Brasil. 

“Esses aumentos podem causar a defasagem temporária no resultado de curto prazo. Mas, a estrutura de custos e materiais é parecida para todos os concorrentes, e os impactos são para toda a indústria”, disse Rodrigues.

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No caso dos contratos de geração eólica, as cláusulas variam de cliente para cliente, mas a WEG sempre usa proteção para variação cambial. Para outros componentes, alguns contratos usam índices de reajuste e outros não, dependendo da negociação. “Sempre existe a possibilidade de discutir reequilíbrio econômico em situações de variações extremas de preços”, disse o executivo.

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A carteira de pedidos de ciclo longo da WEG no segmento de GTD (geração, transmissão e distribuição de energia) continua positiva, disse André Salgueiro, gerente de relações com investidores da companhia. “Essa carteira está positiva desde o ano passado e temos mantido o ritmo ao longo de 2021”, disse ele, citando o retorno das encomendas no setor eólico como um dos motivos.

Além das eólicas, a WEG tem mantido um bom desempenho na demanda por alternadores e também na entrega de subestações de grande porte, ligadas aos leilões de transmissão dos últimos anos.

Para 2022, a companhia está construindo uma carteira igualmente positiva, disse Salgueiro.

Em relação aos pedidos de equipamentos eletroeletrônicos e industriais de ciclo longo, a WEG também vê uma recuperação dos pedidos desde o início do ano. “A novidade é que isso se confirmou, a entrada de pedidos no Brasil e lá fora vem se mantendo e crescendo mês a mês”, disse Salgueiro.

A WEG também se mantém confiante em relação ao mercado de geração solar fotovoltaica, tanto distribuída quanto centralizada.

Em geração distribuída, a fabricante de máquinas e equipamentos é uma das líderes do mercado no país. “Estamos bem posicionados para aproveitar as oportunidades, e a demanda voltou a crescer em ritmo mais forte no segundo trimestre, lembrando que a base de comparação é mais fraca”, disse Salgueiro. 

Já a atuação em geração solar centralizada não têm contribuído tanto em termos de receita, mas a companhia aposta no crescimento. O gerente de RI lembrou que, recentemente, ficou público um contrato da WEG para um projeto de geração solar fotovoltaica da Vale, cujo fornecimento se inicia nesse segundo semestre de 2021. “É um mercado que tende a apresentar crescimento”, disse Salgueiro.

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