Economia e Política

Europa investirá em renováveis e gasodutos, mas pede apoio da população na redução do consumo de energia

Europa investirá em renováveis e gasodutos, mas pede apoio da população na redução do consumo de energia

Líderes da União Europeia estiveram reunidos por dois dias em Versalhes, na França, para discutir ações que façam frente às sanções impostas à Rússia, de ordem econômica, de defesa e para segurança energética. Chamado de “Declaração de Versalhes” o documento reúne medidas que serão implementadas pelos países membros, e que serão revisadas entre abril e maio, em Bruxelas, na Bélgica, quando a cúpula pretende se reunir novamente.

Tratando das questões energéticas, os líderes revisaram a meta inicial de redução de dois terços da importação do petróleo e gás natural da Rússia até 2027. Para isso, a União Europeia deverá fazer investimentos em energias renováveis e na diversificação do suprimento junto aos seus aliados, e desenvolver novos terminais e redes de gasoduto.

“Estamos apenas no começo, existem projetos muito interessantes para investir em hidrogênio, porque o que quer que façamos agora em relação ao gás, seja em dutos ou energia, esses gasodutos também serão usados na infraestrutura de hidrogênio, e essa é uma das fontes de energia do futuro”, disse Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia.

No entanto, a presidente da União Europeia reforçou que essa transição não será uma tarefa fácil. A Declaração de Versalhes conta com o detalhamento dos setores econômicos nos quais poderão ocorrer redução do consumo de energia, para acelerar a independência do fornecimento do gás russo.

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“Será difícil e, como eu disse anteriormente, requer o apoio de todos. Todos têm que fazer algo, como reduzir o consumo de energia. E tenho certeza de que a contribuição individual de 150 milhões de europeus vai fazer toda a diferença”, completou.

Com a redução da dependência do fornecimento, a União Europeia implementará medidas para aliviar as contas de energia de consumidores residenciais e indústrias, que serão complementadas por uma opção dada aos estados membros reduzir a cobrança de tributos de grupos de consumo de energia.

“Por fim, nós precisamos estar prontos para o próximo inverno, então montamos uma força-tarefa para tratar do reabastecimento de gás natural. A União Europeia precisa definir no longo prazo as políticas de estocagem de gás da Europa e pretendemos olhar as opções de forma a alcançar um armazenamento de 90% da nossa capacidade até 1º de outubro de cada ano”, destacou Ursula von der Leyen.

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