Economia e Política

Firjan pede retirada de térmicas e divisão equilibrada de recursos da MP da Eletrobras

Firjan pede retirada de térmicas e divisão equilibrada de recursos da MP da Eletrobras

A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) divulgou comunicado em que ressalta a importância da capitalização da Eletrobras, por meio da Medida Provisória 1.031/2021 para a segurança energética no médio prazo e a tão esperada retomada do crescimento econômico do país. No entanto, vê como obstáculo a inclusão no texto da reserva de mercado para termelétricas, assim como da construção de gasodutos com obrigação locacional, e a repartição desigual entre recursos para o mercado cativo.

A medida provisória está prevista na pauta de votação do Senado Federal desta quinta-feira, 16 de junho, e segundo o relator do texto na casa, Marcos Rogério, caminha para uma “votação com êxito”. Para a federação das indústrias, “é imprescindível que a privatização da Eletrobras estabeleça formas menos onerosas de se garantir a segurança energética do país, evitando pressionar ainda mais a conta de energia dos consumidores finais”.

No caso da divisão dos recursos das geradoras da Eletrobras, a Firjan indica que ela deverá ser realizada também com o mercado livre de energia, que é responsável por mais de 80% do consumo de energia elétrica da indústria.

Além disso, destaca que a reserva de mercado para termelétricas deve ser retirada da MP, por julgar que prejudica a competitividade dos novos empreendimentos e que, ao ignorar a ordem econômica, desestimula investimentos na cadeia de gás natural. Também é defendido pela Firjan a retirada do texto da construção de gasodutos com obrigação locacional para o acionamento dessas térmicas, que será financiado com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), recaindo sobre todos os consumidores.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Minuto Mega Minuto Mega

Além dos pontos relacionados ao custo, a federação destaca a necessidade de que a MP também assegure expressamente a inclusão da Bacia do Paraíba do Sul, responsável pelo abastecimento de água dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, no plano de revitalização das bacias hidrográficas, uma das contrapartidas da desestatização.