Economia e Política

Fitch rebaixa perspectiva de ratings da Light para negativa

A Fitch Ratings revisou a perspectiva dos índices corporativos da Light de estável para negativa. Segundo a agência de classificação de risco de crédito, essa revisão negativa decorre principalmente das incertezas sobre a renovação da concessão de distribuição da Light e da capacidade da companhia de acessar novas linhas de crédito. Rating de crédito é uma nota de classificação dada a emissores de dívida, como empresas e governos. A nota avalia a possibilidade de que o tomador honre os empréstimos. Além da Fitch, as maiores agências internacionais de classificação de riscos são a Moody’s e a S&P. Os ratings de longo prazo da Light foram afirmados em “BB-“ em moeda estrangeira e em “AA-“ em moeda nacional.

Fitch rebaixa perspectiva de ratings da Light para negativa

A Fitch Ratings revisou a perspectiva dos índices corporativos da Light de estável para negativa. Segundo a agência de classificação de risco de crédito, essa revisão negativa decorre principalmente das incertezas sobre a renovação da concessão de distribuição da Light e da capacidade da companhia de acessar novas linhas de crédito. Rating de crédito é uma nota de classificação dada a emissores de dívida, como empresas e governos. A nota avalia a possibilidade de que o tomador honre os empréstimos. Além da Fitch, as maiores agências internacionais de classificação de riscos são a Moody’s e a S&P. Os ratings de longo prazo da Light foram afirmados em “BB-“ em moeda estrangeira e em “AA-“ em moeda nacional.

O cenário-base da Fitch considera captação de até R$ 1,8 bilhão em 2023, lastreada em recebíveis da Light Sesa, com necessidade de captação de, pelo menos, R$ 1,5 bilhão em 2024, um valor preocupante devido aos prazos – espera-se que a renovação da concessão da distribuidora ocorra antes de junho de 2025. Para a agência, a Light deve preservar liquidez com redução de custos e investimentos, apesar de potenciais efeitos negativos na operação. Com isso, a Fitch projeta uma necessidade total de refinanciamento de R$ 3,3 bilhões em 2023-2024 para o grupo Light.

Em caso de não renovação da concessão, a Light Sesa deverá receber um valor igual ao de sua base de ativos, atualmente avaliada em R$ 10,1 bilhões, que, juntamente com outros ativos, cobre integralmente os passivos da concessão. O refinanciamento, em 2024, deve se apoiar na premissa de renovação e na expectativa de que, em caso de não renovação, as dívidas existentes (R$10,3 bilhões) serão assumidas pelo novo concessionário ou pagas antecipadamente com os recursos da indenização”, explica a Fitch.

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A agência também considera que juros elevados e o repasse de R$ 840 milhões em créditos tributários aos consumidores da Light Sesa pressionarão o fluxo de caixa livre (FCF) do grupo em 2023, o que deve ser parcialmente compensado por uma redução nos custos e investimentos da concessionária.

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No comparativo, a Fitch afirmou que o perfil de crédito da Light é mais fraco do que o da Cemig, cuja maior parte do fluxo de caixa é proveniente da geração e transmissão de energia. Esses segmentos, segundo a Fitch, respondem por cerca de 38% do Ebitida do grupo, frente a 46% da distribuição. Ainda, a agência acredita que a alavancagem financeira da Cemig deve aumentar devido aos investimentos em distribuição, mas ainda deve permanecer abaixo dos níveis projetados para a Light.