O Brasil dispõe de um extenso e complexo sistema de transmissão de energia elétrica, enfrentando desafios correntes relacionados, principalmente, à integração da energia distribuída e às melhorias da eficiência do sistema elétrico. Para a GE Grid Solutions, que realizou mesa de debate com a imprensa na última quinta-feira, 27 de maio, a resposta para essa complexidade está na digitalização do sistema.
Segundo Gilton Peixoto, líder Comercial da divisão na América Latina, as subestações digitais inteligentes permitem uma redução do valor despendido e da pegada de carbono da empresa, assim como aumentam a segurança dos operadores. Isso acontece por conta da simplificação do desenho do sistema, que passa a ter fibra ótica ao invés de cabos de cobre, possibilitando uma conteinerização das casas de controle e um acesso remoto mais rápido e fácil.
Essa crescente digitalização do mercado, entretanto, pode ocasionar problemas relativos a intermitências e instabilidades do sistema, e, muitas vezes, deixar mais vulnerável ao ataque de hackers, como ocorreu recentemente com as informações da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Copel, Eletrobras e outras empresas dentro e fora do setor.
Sobre essa vulnerabilidade, a GE afirma que todas as suas tecnologias são desenvolvidas com softwares de segurança cibernética e digital. Além disso, Peixoto também falou sobre os desafios para uma geração de energia renovável, apresentando o g³ (Green Gas for Grid, no inglês) como uma alternativa ao SF6 (hexafluoreto de enxofre) em aplicações de alta voltagem.
O g³ foi desenvolvido pela GE e, segundo a empresa, possui um baixo potencial de aquecimento – mais de 99% a menos em relação ao SF6. Essa tecnologia para produtos de transmissão já está em aplicação em alguns lugares, como Espanha e Escócia.