Economia e Política

Governo propõe teto para CDE e receita pré-definida em caso de aumento

Governo propõe teto para CDE e receita pré-definida em caso de aumento

No primeiro dia do workshop “Iniciativa Mercado de Minas e Energia”, em Brasília, o Ministério de Minas e Energia (MME) apresentou alternativas para conter a escalada dos subsídios e encargos nas contas de energia elétrica. Entre elas, a viabilidade de um teto para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que registrou um aumento de 32,4% para 2022, totalizando R$ 32,096 bilhões.

Entre os desafios apresentados ao público, o MME colocou a vinculação da concessão de benefícios ao teto ou custeio via orçamento para as despesas obrigatórias, e a redução do Encargo de Serviços do Sistema (ESS) mantendo a segurança do atendimento eletroenergético. 

Assim, na hipótese de ultrapassar o teto estabelecido para a CDE, a proposta do ministério é para que seja designada a fonte de receita que pagaria pelo valor. Um exemplo dado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, foi a PEC do Estado de Emergência. 

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Guedes disse aos participantes do Workshop que os auxílios previstos para caminhoneiros, taxistas, entre outros, foram cobertos, em sua maior parte, por recursos oriundos da privatização da Eletrobras. 

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A CDE 

Os subsídios com a maior destinação de recursos da CDE são a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) para os Sistema Isolados, representando quase R$ 10,3 bilhões, seguido dos descontos tarifários na distribuição, com quase R$ 9 bilhões, e da Tarifa Social, com pouco mais de R$ 5,7 bilhões. 

Na comparação com o orçamento de 2021, a ampliação no número de beneficiários da Tarifa Social gerou um acréscimo de R$ 1,77 bilhão, enquanto os descontos tarifários para distribuição e transmissão representaram alta de R$ 1,97 bilhão, e os custos da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) cresceram mais de R$ 3,48 bilhões. 

Workshop

Durante o evento, o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, declarou que espera ter, no início de novembro, dez projetos de leis relacionados aos setores de energia elétrica, petróleo e gás e mineração, para entregar ao próximo governo.

Agentes do mercado que participaram do evento, ouvidos pela MegaWhat, declararam que as propostas são boas, no entanto, parecem pouco eficazes. Isso porque, a maioria das medidas propostas serão tratadas por meio de projetos de lei, a serem apresentados até novembro. E com a eleição presidencial já em outubro, em regra, projetos de lei iniciados em uma legislatura são arquivados na seguinte.

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