O setor industrial brasileiro receberá cerca de R$ 106,16 bilhões em investimentos nos próximos quatro anos para estimular o desenvolvimento de áreas consideradas estratégicas para o país. O anúncio foi feito durante a 17ª Reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), responsável pela elaboração da nova política industrial brasileira, realizada nesta quinta-feira, 6 de julho.
Com o objetivo de construir uma nova política industrial, focada na inovação, sustentabilidade e inclusão social, o montante será direcionado para diversas áreas, incluindo aqueles relacionados com as novas rotas tecnológicas, mobilidade sustentável, descarbonização da economia e a ampliação de cadeias associadas à transição energética e à bioeconomia.
Divididos em grupos de trabalho, os membros do CDI irão dialogar com os segmentos da indústria para identificar entraves e desenhar estratégias e ações para impulsionar a atividade industrial nas respectivas áreas.
Os recursos serão provenientes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). A maior parte do montante será concedida em linhas de crédito ou financiamentos e a fundos de apoio à inovação.
Do total a ser liberado, cerca de R$ 65,1 bilhões serão destinados prioritariamente para financiar projetos de inovação e digitalização, por meio do BNDES, tendo como base a Taxa Referencial, cujos juros serão de 1,9% ao ano.
Já a Finep vai destinar R$ 40,68 bilhões às áreas de pesquisa e desenvolvimento de projetos científicos e tecnológicos em diferentes etapas. Pela Embrapii, ainda está prevista a aplicação de R$ 38 milhões em recursos para apoiar as instituições de pesquisa tecnológica, com foco no estímulo a inovação da indústria brasileira.
Atualmente, 20 ministros estão entre os membros do CNDI, incluindo o de Minas e Energia, Alexandre Silveira, além do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e 21 conselheiros representantes da sociedade civil, entre entidades industriais e representantes de trabalhadores.
O colegiado é vinculado à Presidência da República e presidido pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.