Economia e Política

Hidrogênio e transição energética entram na equação de Alckmin para país ser ‘grande protagonista’

A cerimônia de posse de Aloizio Mercadante, no cargo de presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), contou com discursos voltados para a economia verde e transição energética. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Geraldo Alckmin, colocou o tema como central para a reindustrialização do país.

Hidrogênio e transição energética entram na equação de Alckmin para país ser ‘grande protagonista’

A cerimônia de posse de Aloizio Mercadante, no cargo de presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), contou com discursos voltados para a economia verde e transição energética. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Geraldo Alckmin, considerou o tema como foco central para a reindustrialização do país.

Alckmin apontou que a economia verde e as operações com baixa emissão de carbono serão fundamentais para alavancar o desenvolvimento do país, aliadas a retomada de ações que privilegiem a ciência e a pesquisa.

“A produção do hidrogênio verde, a transição energética. O Brasil passará a ser o grande protagonista do mundo. Onde eu produzo barato e com menor emissão de carbono? Brasil. Não tem outro, então nós teremos uma oportunidade fantástica para podermos avançar”, disse Geraldo Alckmin.

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O vice-presidente  ainda destacou que a simplificação tributária promoverá a evolução da indústria e melhora da economia, que poderá ser impulsionada pelo BNDES por meio de sua atuação em parcerias público-privadas (PPPs) e concessões, e pelo fortalecimento de acordos internacionais, como do Mercosul e União Europeia.

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O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, lembrou em sua fala que o banco de fomento participou de financiamentos da indústria eólica, solar fotovoltaica, além da própria Eletrobras.

“O BNDES contribuiu muito para a transição energética no Brasil, apoiando a geração de energia eólica, substituindo as importações – e agora nós já produzimos aerogeradores -, e energia solar fotovoltaica, que somados, hoje, representam parcela significativa da potência energética, tornando o Brasil mais verde”, falou Mercadante.

O presidente do banco também declarou existir um hiato de investimentos no segmento de infraestrutura de R$ 226 bilhões, o que representaria 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, disse ser imperativo e ponto de orientação do BNDES a transição para uma economia de baixo carbono, com empregos verdes e baixa emissão.

“Precisamos enterrar de vez o obtuso negacionismo climático que nos tornou o grande vilão ambiental do planeta. O BNDES precisa apoiar a transição justa para a economia de baixo carbono, bem como promover a inclusão produtiva e a reurbanização inteligente visando construir as cidades do futuro”.

A retomada do Fundo Amazônia, com a assinatura da Noruega e da Alemanha, terá suas operações gerenciadas pelo banco de fomento, com coordenação interministerial e participação da sociedade.

Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também discursou na posse de Mercadante, e disse que o BNDES “foi vítima de grande difamação no último processo eleitoral” e apresentou números de desembolsos realizados nos últimos anos pela instituição.

Além disso, mencionou que o país possui quase 14 mil obras paradas. “Esse país tem que ser reconstruído e não pode demorar, não pode esperar muito, por isso acho que o BNDES precisa urgentemente, e Mercadante, espero que com a sua inteligência e competência você faça o banco voltar a ser o banco da indústria e do desenvolvimento econômico desse país”, falou Lula.

O presidente ainda disse o objetivo de Mercadante à frente da instituição é abrir as portas para os empresários que precisarem em novos empreendimentos.

“A sociedade precisa compreender que economia brasileira precisa voltar a crescer, é urgente, e só tem dois jeitos [para isso acontecer]: ou a iniciativa privada faz investimento, e ela só vai fazer investimento se tiver demanda, ou o estado incentiva a iniciativa privada a fazer, colocando ele [estado] primeiro a mão na massa. Acho que é esse o papel do nosso governo que coloca a mão na massa para a economia voltar a crescer”, disse Lula.